terça-feira, 27 de julho de 2010

Imagens de bordo

Eis alguns momentos do roteiro destas férias. Serão numerados, mas não identificados.
Sugiro que tentem adivinhar o local exacto das imagens 2 e 3. Os três primeiros a acertar receberão um souvenier/ ricuerdo.... desde que me enviem a resposta e o vosso endereço postal.

1.Esta é óbvia





2.Onde será?



3.Esta é num jardim, em que vila?



4.Dolce fare niente...



5.Continuação do dolce fare niente...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Casa sobre rodas sempre!


A vida é tão curta e vivêmo-la tão à base de ninharias, superficialidades, regras comezinhas, burocracias diárias, quotidianos triviais...

bastava soltar a imaginação e partir por esse mundo fora, assim, com as bagagens sempre feitas, a casa à mão de semear,

ao sol, ao vento, à chuva...

como estes alemães, simples, alheios à rotina, em pleno Julho, numa praia portuguesa...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ZMar em dia de braseiro



Faz hoje oito dias que regressámos do breve fim-de-semana à costa alentejana. Nesse dia, à medida que conduzíamos atravessando o Baixo Alentejo, o calor era um fogo sem chamas. A metereologia falava em 40 e poucos, a voz popular elevou-se até aos 50 e creio que tinha razão.
Mas, falar do tempo é conversa de quem não tem assunto e o assunto nesta crónica tem pano para mangas: fez ontem oito dias que decidimos inaugurar o tão publicitado parque ZMar, este é, pois, o cantinho para fazer justiça ao ecológico camping, como a crónica anterior já deixava adivinhar.
O espaço é vasto, de preferência a percorrer de bicicleta, ou, na filosofia ZMar, de carrinho movido a energia solar. Aparcámos num alvéolo perto dos sanitários e logo ali constatámos que separar o lixo ecologicamente é palavra de ordem.
A ida à piscina, com o calor que se fazia sentir, era uma prioridade emergente.
Até lá, as poucas sombras fazem com que a famosa piscina de 100 metros de comprimento seja uma miragem ansiada e realizada. Um mergulho no comprido tapete azul é tudo quanto basta para nos sentirmos revigorados, logo seguido de um relax na chaisse-longue ao longo da esplanada de madeira, novamente seguido de novo mergulho ou intervalado por uma corridinha à piscina das ondas... neste percurso de ida e volta e repetição poderíamos estar durante horas, não fora a vontade de conhecer mais e de enganar o estômago.








Perto da zona para campistas, chamava-nos um parque de diversões alternativo e divertido, um chamariz para o final da tarde quando a brisa corre do mar até aos sobreiros, porque as sombras recém-semeadas ainda não se fazem anunciar.





A “Casa da Criança” é também um agradável espaço, para quem lá joga e certamente para quem lá trabalha. Vista de longe parece uma casa de madeira nos Alpes suiços... sem a montanha atrás e muito menos a neve, mas ainda assim com um verde circundante e um cheiro motivador a cera de abelhas e a madeira.





Aliás , o cheiro a madeira é uma constante neste novo mundo natural: para além da dita casa, os sanitários, as cozinhas (na zona camping existem, estrategicamente colocadas, cozinhas equipadas com fogões e micro-ondas, um gesto simpático para campistas com menos meios), a zona principal constituída pela recepção, sala de convívio, supermercado e restaurante, bar, piscina interior , ginásio, sauna, o chão que se pisa: tudo é madeira. Nas esplanadas o material usado em cadeiras, sombreiros e mesas é reciclado. A energia é sempre solar, o fresco é produzido por múltiplas e enormes ventoinhas.
Ao longo do parque também os apartamentos são de madeira, ao que parece bem equipados e arejados , estes já com ares condicionados disfarçados por gradeamentos de madeira.





À excepção da madeira, a paisagem é cortada por duas enormes tendas brancas quais chapéus circenses. Uma sala de banquetes, a outra alberga campos de ténis. Ao redor desta última, múltiplas hipóteses de praticar exercício físico: matraquilhos humanos, campo de basquetebol/andebol / futebol, circuito de manutenção...







Em cantos estratégicos, ainda uma estação Etar e outra de tratamento de lixo.
Depois de tanto admirar, dormimos com os anjos.
A parte menos agradável seria, inevitavelmente, a conta: alveólo para a casinha e quatro pessoas= 40 €!
Menos mal: no dia seguinte, aquando do check out foi-nos dito que podíamos ficar ainda esse dia até às 23.00. Senão final: podiam ter avisado antes, escusava de perder uma manhã de piscina na azáfama de “arrumar a Casa” até à hora do check out!
Aproveitámos até depois de almoço e depois – lá vem a conversa do tempo... – fizemo-nos à estrada porque outros valores se levantavam.
Foi nesse momento que a chapada de calor a subir até aos 50 nos bateu de frente e nos engoliu. A AC devorava asfalto e, à medida que as localidades se sucediam – Chaminés de Baixo, Chaminés de Cima, Bicos (do fogão?), Fornalhas Velhas, Fornalhas Novas – iludíamo-nos no fogo sem chamas acreditando que o mesmo era fruto da toponímia.
Daí a pouco, a ilusão pegava-se ao corpo e aos assentos, o que nos levou a mergulhar nas margens da Barragem de Odivelas, com a esperança de podermos respirar.
Desde miúda que ouço dizer, pela boca das gerações mais experientes, que “o que tapa o frio, tapa o calor”, em Porto Côvo ainda há quem leve o ditado à letra, eu é que não sou capaz...


"O que tapa o frio, tapa o calor".




quinta-feira, 8 de julho de 2010

Brisas alentejanas



Incrivelmente estivemos três meses sem viajar, fazer parte da intitulada “Geração Sandwich” prega-nos destas partidas.
Para inaugurar o Diário de Bordo IV e o mês de Julho, nada como voltar a tantos “dejá vues” e repetir Porto Côvo, mas desta feita com algumas novidades.
Primeira paragem obrigatória: S. Torpes.
A título de brincadeira familiar é a nossa Saint Tropez, a avaliar pelas tépidas águas azuis.
Desta vez nem tanto. O areal continua a ser bem melhor que a homónima francesa, assim como o horizonte até ao Malhão, passando pela lendária Ilha do Pessegueiro, com a excepção das chaminés e estaleiros sineenses e da água que ainda não teve tempo de aquecer, qual Mediterrâneo sem turbinas...




O vento , esse, é o habitual daquelas paragens – mas que bom, comparado com o braseiro alentejano da planície, de onde vínhamos, afogueados!...
Porém, ao entardecer, mesmo as colunas de ferro revelam a sua poesia, a poesia do Modernismo... sabe bem dormir embalado pelas ondas mesmo ali ao lado, é este o “preço” (grátis e único!!!) de viajar em autocaravana!








Porto Côvo, por seu turmo, continua igual (e diferente) no que se refere ao autocaravanismo. Ao que parece já ninguém procura a vila para pernoitar. Por mais proibições com ou sem luvas de pelica , as falésias continuam lá, à espera das AC que dela fazem a sua quinta, mansão , hotel. Também a “Praia dos Gatos” , a uns escassos metros da Praia Grande, parece ser agora a eleita.






Uns mais pacatos dormem ,ou tentam dormir a sesta ,enquanto outros considerados os reis do “pinhal” , tocam ruidosamente concertina ; outros “acampam”; outros estão, chegam, partem.






Para mudar um pouco o registo, desta vez decidimos “inaugurar” também o outro lado do autocaravanismo: inaugurar não seria o termo literal já que estar em campings é uma possibilidade que nem nos choca nem é uma prioridade. Mas estava na hora de nos baptizarmos em Zmar, pelo menos uma primeira abordagem. Breve, breve a “publicidade” AQUI!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Diários de viagem




Ao longo destes oito anos de viagem em AC, o acto (ato ??!!) de escrita tem ocupado páginas de folhas macias, recicladas , com linhas , sem linhas , mas sempre em branco, , claro, pardo... só a tinta , umas vezes preta outras lilás, percorre suave ou asperamente o levemente matizado papel .
Para isso é preciso viajar, olhar, sentir cada esquina, a maior parte das vezes num querer “sentir tudo de todas as maneiras” , com um nervosismo diário à flor da pele, sem conseguir estar quieto ou parado, porque tudo é novo, tudo é diferente e o tempo voa...
A maior parte das vezes o que se regista nem é tanto o que se sente, mas o objectivamente feito e observado. O resto fica gravado noutras folhas , noutras páginas que só o viajante conhece ou sente ou respira.
Seja como for , entre aquilo que vejo e o que sinto no viajar , algumas impressões estão gravadas em papel, por isso, já lá vão três diários, este - último - alusivo a Austrália (um sonho adiado...) será o quarto e iniciou-se neste mês de Julho.
A viagem de Julho já lá está registada, para passar a limpo para outra página, desta feita menos de papel, mais de tela e mais de blogue e mais de world wild web.
Diário I


Diário II (Alsácia e ao longo do Mosel e Rhein)




Diário III




Diário IV