domingo, 17 de julho de 2011

Que rei, que demanda em Almourol?



Pé na estrada? Nem por isso.
A última vez foi em Junho perseguindo rios e águas. O Tejo, por exemplo, Almourol por que não? Nome desde logo a evocar árabes (de Almonolan, ou seja, “Pedra alta”), Almourol é uma massa de granito que, numa primeira visão parece flutuar no ar, para depois nos apercebermos que flutua nas águas do Tejo. Que mistérios ocultará? Que demandas reais, irreais, surreais? Das águas emerge Excalibur, Artur cavalga ao longo da margem…
A ilusão desfaz-se, na margem apenas a barcaça sem barqueiro, o óbolo dos vivos é meio euro e em menos de um “ai” já se está a pisar novamente terra. Uma pequena ilha, agora deserta, outrora habitada. O castelo, esse, (dizem, no mundo cibernauta), chegou a ser de D. Afonso Henriques (passou lá um fim de semana?) que o roubou aos mouros e o ofereceu aos Templários. Mais tarde, outro o ofereceu à Ordem de Cristo, assim foi passando de mão em mão, ainda hoje está na posse de outras armas (Exército Português), fiel ao rio, mirando-se nele, vendo as águas passarem, recordando sabe-se lá que misteriosas estórias, que ilusórias demandas…
É já ali, entre Barquinha e Constância, entre as águas.