em basco, porque em castelhano a toponímia significa Pasajes
de S. Juan. “Pasages” no sentido de
portagem ou de boca estreita que liga o porto
até ao mar.
Onde fica? Nos subúrbios de Donostia /San Sebastian e chega-se
lá da maneira mais tradicional – apanhando uma barca que fará a passagem de S.
Pedro para S. Juan (Donibane), mediante óbolo ao barqueiro, ou então pela
estrada de carro ( no caso, de autocaravana) e estaciona-se em parque de
estacionamento uns metros antes do “pueblo”. E… depois de lá se chegar, para-se
literalmente o relógio do tempo e “se queda” a olhar, pasmados.
O “pueblo”
sempre foi porto piscatório, de tal modo
parado no tempo e enraizado na paisagem marítima que até foi escolha de nomes
famosos como Vitor Hugo que por ela optou para descansar, escrever, mirar. Mirava , de um pequeno balcão de madeira, a
vinda e ida das embarcações e quiçá mergulhava na pequena praia de águas
límpidas e seixos enormes.
A casa ainda lá está, hoje, transformada em pequeno museu
visitável, testemunho de uma vida que se imagina austera, mas confortável;
simples e natural.
Para
além desta simples atração, há ainda uma estreita rua que leva à praça.
As ruas
de Donibane são apenas uma rua, de pedra, que sobe, baixa e cruza vários
túneis, basicamente fechada ao tráfego (enfim, um carro circulará num só
sentido, com a ajuda de um semáforo
reduzido e de uns sinais de trânsito sui generis).
Dela se chega à praça do pequeno pueblo que encanta pelo
colorido das roupas a secar ao vento , da melodia basca a salgar as águas, do
cheiro do pescado a cativar o paladar.
Sempre acompanhando a foz do rio até a uma praiazinha, um
caminho pedonal singelo , castiço e natural, vai acompanhando a ria até que
esta desemboca no mar, no sopé do famoso monte Jaizkibel. Aí é o verde da vegetação de mãos dadas com o
verde-azulado das águas, perfeita sintonia e sinfonia…

Decididamente é mesmo
uma “passaje”… para outra margem.