sexta-feira, 26 de abril de 2019

Amesterdão, numa tarde e meia(s)




Com muita pena nossa, viajantes de casa às costas, lá fomos de avião furando o protocolo deste blogue e desta maneira de estar e de viajar. Deixemo-nos de lamentações, voemos pois então, que temos poucos dias.


Chegada a Schipol Airport às 13.30. Depois de longos percursos em tapetes rolantes, apanhar o comboio para Central Amsterdam (pagar na máquina com cartão de crédito , 4,50 €). Logo à chegada, antipática receção de um polícia holandês, ao qual tentámos perguntar onde era a plataforma para o “bus” 21, literalmente assim: Eu, Sorry…Ele, Don´t you see I´m talking? – e virou-nos as costas para continuar à conversa com outro polícia e um holandês. (Lembrar que temos sete dias para desfazer a sensação de que este povo é mesmo antipático!, apostei comigo própria).

Ida ao posto de turismo (frente à estação Central) na tentativa de achar vozes mais solidárias e fraternas, afinal o 21 é do outro lado da estação, depois de a percorrer por dentro e subir mais escadas rolantes, ali está ele, mais 3,20 € num bilhete que dá para viajar durante uma hora ou então um diário de 8 €!!! Menos de 20 minutos e lá estamos no quartito “airbnb” alugado, onde a nossa anfitriã, Cristina,  nos esperava. Deixar as malas e zarpar.

 Deambular ao acaso, qual Cesário Verde, seria o mais simples para quem tinha só até à noite. E foi quase o que fizemos, mas sem a “soturnidade” do Poeta e da cidade, porque o sol brilhava e tudo parecia e apetecia deliciosamente fresco. Novo “bus” 21 até ao bairro Joordan, centro de lojas, restaurantes, bares, passando sempre por anéis de canais, casas de tijolos e amplas janelas e sempre, sempre, bicicletas  e flores.








Amesterdão é um círculo com círculos de canais, interligados por pontes, mais de 400… deixámo-nos ir, não navegando que as águas são sujas (afinal o Cesário ia gostar), e a pé chegámos sem esperar a uma igreja onde um guia explicava que Anne Frank ouvia os seus sinos todos os dias… pudera , estávamos frente a frente com a casa da menina mais mediática da cidade e da História Universal. Sentámo-nos a comer sandes com sabor a Portugal, frente à porta da menina que não podia sair à rua, apreciámos também o sabor da liberdade.



Chegados à Dam, a praça mais central da cidade, fizemos como os turistas, descansámos e fizemos como os holandês, encontrámo-nos com mais um “português (alentejano) pelo mundo” que vai fazendo pela vida, porque Portugal pouco lhe sorriu. 



O Palácio Real e o Museu de Cera iam olhando para nós (ou nós para eles)…




Ainda procurámos a pacífica e escondida Begijnhof , mas já estava fechada. 



Continuámos deambulando… mercado das Flores e zona envolvente, zona de restaurantes e Red Light District, zona envolvente da estação Central (Oba e canal)













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Reticências feitas para descanso de pés e corpo num colchão pouco convidativo, honras feitas à sala no pequeno-almoço e ao supermercado a um minuto da casa.



Prestes a partir para o parque Keukenhof ( isto já no dia seguinte, se estavam com atenção à referência do pequeno-almoço…), o relato fica para mais tarde.
Depois do parque, vindos do metro na Europaplein, um salto rápido ao bairro dos museus , só para ver a vibração e sentir umas pingas de chuva. Dali partiríamos de autocarro para o norte da Holanda…



Não houve tempo para o Vondelpark nem para o concerto do Janeca, mais um português pelo mundo…