Mostrar mensagens com a etiqueta Eslovénia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Eslovénia. Mostrar todas as mensagens

sábado, 1 de novembro de 2014

Bled, um lago 3D?

Dia 17

O encanto esloveno era tanto que decidimos não partir logo. O lado Bled, uns 54 quilómetros mais a norte, não podia ser uma página em branco. E ainda bem que não foi.

Lembram-se daqueles postais dos anos 70 a 3 dimensões que emitiam um barulhinho quando se passava com a unha? Assim, com paisagens de contos de fadas e às vezes cisnes? 



É isso mesmo, estou a falar do lago Bled.
Aquele que é conhecido pela sua icónica e minúscula ilha (a única dos eslovenos) situada num pequeno penhasco, no centro do lago. No seu interior uma pequena igreja aonde se chega subindo uma larga escadaria. Diz a tradição que tocar o sino e pedir um desejo é ponto assente.



Só tem acesso através de uma barcaça tradicional ( a pletna),  quem sabe em pé numa prancha (?),  mas cá de casa chegou-se a ela atravessando a nado o calmo e suave lago. Esqueceram-se foi de tocar o sino… provavelmente porque ainda levavam nas mãos um bola de polo…




 pletna


Travessia a nado

Para além da ilha o outro ponto turístico é o castelo de Bled, no topo de um gigantesco penhasco à entrada do lago.


Apesar da ilha e do castelo o mais fascinante é todo o enquadramento paisagístico, a calma que emana do espaço, as cores fantásticas, as águas cercadas por uma vegetação linda de verde, a transparência e limpidez do espelho de água e ainda o ambiente relaxante e único.


Os banhos são divinais, que temperatura de água mais amena… podendo o mergulho fazer-se em qualquer uma das praias existentes… nós fizemo-lo em mais do que uma, com direito a travar novas amizades (da longínqua Singapura) e tudo graças a uma bola de polo…






 A volta ao lago faz-se numa hora para quem ande sem parar, para quem, como nós, tomava banho em todas as praias foi percurso para toda a tarde.




Chegados ao final do círculo e ao ponto de partida, nada como provar a relíquia da doçaria regional, uma fatia do ancestral bolo de natas e baunilha, o bolo de creme de Bled! De comer e chorar por mais!


 Repito: lembram-se daqueles postais dos anos 70 a 3 dimensões que emitiam um barulhinho quando se passava com a unha? Assim, com paisagens de contos de fadas e às vezes cisnes ? O lago Bled é um postal real , cópia de um desses postais e com direito a cisne à séria e não a 3 D mas a 5 S(ensações)!!!


Estacionámos no centro de Bled, num parque para carros e autocarros ( 5  € , até às 17 horas) , dispensando o parque frente à praia onde se pagava o dobro e já não havia lugar.
O dito parque vai perdendo clientes ao fim do dia e foi para onde fomos perto da hora do jantar e aí pernoitámos até às 7 e tal (pagámos 10 €, à noite uma senhora surgiu a cobrar bilhete). (N 46º 05. 952  E 014º 31. 094)
Do outro lado do parque fica o camping e à frente, como não podia deixar de ser, mais uma praia lacustre.
Para fechar o dia, mas não com chave de ouro, o céu quase que nos caiu em cima, como diria Astérix, com uma trovoada imensa que durou quase toda a noite.

domingo, 26 de outubro de 2014

Liubliana, uma suave brisa de cores

Dia 16

Dia de conhecer um novo país do nosso cardápio. Ali fechados,  o  camping era apenas mais um camping, podia ser em qualquer país do mundo (desde que arborizado e verde, claro), ainda por cima onde a língua comum ora era o italiano ora o inglês. Ao que parece os eslovenos dominam bem as duas e ainda o alemão, a fronteira com a Áustria não está assim tão longe…
Era portanto hora de sair dali e ter impressões mais concretas. Dia, portanto,  de conhecer Liubliana, a capital da Eslovénia, a 5 km do camping mas sempre numa reta, o que nos fez levar 3 bicicletas. O quarto elemento teve que ir de autocarro (mal de quem chega tarde e de avião)…
Perto e bom caminho, como aqui se diz, ou sempre em frente, chegámos ao centro da antiga cidade romana de Emona ainda de manhã, uma manhã calma de domingo. Ou será que a cidade é sempre assim calma? Agradou-nos o ambiente.




O castelo ao cimo...



A parte nova da cidade é separada da antiga pelo rio Ljubljanica  e na Preseren TRG (a praça central, o ponto de encontro da cidade) entre uma parte e outra , a cidade envolvente e pequena começa logo por nos cativar. Depois, é só atravessar-se a ponte tripartida (Ponte Tripla) e logo aí esperava-nos um pequeno mercado de artesanato.



Ponte Tripla


Até à Catedral barroca de S. Nicolau é um passinho. Havia missa, não quisemos perturbar, uma breve espreitadela. Admira-se a porta e já é arte de peso: é de bronze  e conta a história do cristianismo na Eslovénia.



 Rua afora até à fonte de Robba com os seus 3 titãs (cada um representando um rio esloveno) estamos logo frente à Câmara e ao lado de muitos palácios e hotéis onde o barroco impera, num estilo simples, claro, linear, elegante.





Fonte dos 3 titãs ou rios





Catedral a espreitar por entre os telhados

 A grande atração da parte velha é o Castelo medieval , no topo do monte coração da cidade. Chega-se lá por meio de um funicular ou num comboizito. Transporte grátis só o Kavalir que apenas roda pela parte velha.



Castelo no meio do arvoredo



Ficámo-nos pela parte baixa, visitando o ambiente domingueiro e os mercaditos e esplanadas que iam surgindo à beira rio.




Passando o mercado central e a ponte com os testemunhos amorosos tão à moda europeia, chega-se à Ponte do Dragão, símbolo da cidade.






Da antiga cidade comunista nada vislumbrámos, tudo lembrava uma cidade convertida ao modo  europeu, jovem e moderna.

Típica gastronomia local, o milho assado; tal como em Portugal as castanhas assadas, a diferença é que não era outono. Era agosto e a temperatura era bem agradável.



 Nas calmas, almoçámos kebab e wok numa esplanadita, para à tarde pedalarmos até ao jardim Tivoli, um espaço verde de  muitos quilómetros, com restaurante, flora diversificada, e, num cantinho, surpresa das surpresas!, uma biblioteca ao ar livre com cadeiras de lona. Que simpático e confortável. Debaixo da calma das árvores e do chilreio das crianças no parque infantil ao lado, houve quem até dormisse a sesta…




 









Para acordar, regresso ao centro para uma cerveja eslovena, num bar mexicano, com um empregado de mesa que insistia em falar espanhol connosco !!!! Para o poder de compra do  português, a vida na Eslovénia pode fazer-se de um modo bem equilibrado…



Visto apenas este cantinho, todos concordámos que Eslovénia é um belo país: com uma capital pequena mas diversificada, moderna e animada. Ao longo das estradas pareceu-nos um país em franco crescimento e desenvolvimento, com um bom parque automóvel, e uma paisagem e arquitetura lindíssima, a roçar a vizinha Áustria. Um destino a explorar com calma noutra ocasião, por ora seria termo de passagem para Croácia, não podíamos saltar o objetivo embora apetecesse.

Pena a exorbitância paga no do parque de campismo. 111 €, duas noites, 4 pessoas (N 46º 05.952  E 14º 31.094)
Ainda assim fez jus ao prémio de simpatia que lhe foi atribuído no ano anterior: já em casa, em Setembro, enviei um email a solicitar o autocolante, porque me esqueci de o trazer, e logo na hora enviaram-nos vários.....


Ah! E não esquecer , a propósito deste país, as particularidades linguísticas, difíceis de ler e pronunciar, é certo...


sábado, 25 de outubro de 2014

Eslovénia, hello!

Dia 15



A meio das férias, precisamente, era o dia de iniciarmos a segunda etapa da viagem, rumo a outro país, um destino diferente e virgem nos nossos itinerários.
Era um sábado ( e em férias ninguém olha para o calendário ) e talvez por isso tivemos o azar de nos vermos fechados em enormes filas até Trieste. 145 km apenas a separam de Veneza e entre a nacional e a autoestrada (que fizemos alternamente na esperança de melhor sorte) demorámos toda a manhã e só lá chegámos perto das 16 horas.

De Trieste até à Eslovénia o tráfego aliviou, e os preços do gasóleo também...

A primeira ideia seria supostamente Postojna, ponto turístico de especial relevo devido às suas grutas. Uns quilómetros depois um castelo, onde tentámos ir mas o caminho não era propriamente para autocaravanas.
Não sendo as grutas o nosso forte, desistimos de Postojna, um local com área de serviço para AC  numa paisagem bem sugestiva, verde , cm uma cascata e moinho e decerto locais e trilhos relaxantes pata percorrer.


Veio a revelar-se uma má opção não ficarmos,  porque dali partimos para a capital e a única hipótese viável para ficar pareceu-nos ser o camping Liubliana Resort (único nas redondezas e na cidade: N 46º 05.952 E 014º 31.094). O GPS demorou a encontrá-lo e lá chegados pasmámos com os preços pedidos. Devido ao adiantado da hora não tivemos outro remédio senão ficar. Aproveitou-se o tempo nas leituras, net e outras atividades pacatas e “sociais”.