(3,4, e 5 de Outubro/2008)
Noite outonal mas quase estival em Serpa. Para alegrar o estômago (porque a hora já era tardia) um belo dum jantar no "Molhóbico", restaurante bem alentejano na decoração e cardápio. Só para aguçar o apetite: pataniscas com arroz de feijão, carrilhada (burras, mais conhecidas pelas bochechas do porco), e leitão assado no forno.
A vila by night impregna-se de silêncio e cores, projectando mistérios ao longo das sombras cilíndricas do aqueduto.
Pernoita no mais profundo dos silêncios na praceta ao lado do Parque de Campismo e da Piscina Municipal (exterior).
De dia, a um sábado de manhã, a população reparte-se pelas ruas do centro e pelas grandes superfícies. Juntámo-nos a eles no Intermarché, porque era preciso fazer o “avio”. Trata-se de uma vila, mas o ambiente respirado não é muito diferente de uma pequena cidade provinciana como Évora. Nalguns aspectos até parecia tudo mais lavado e renovado: uns metros atrás uma boa piscina exterior e uns mais à frente uma piscina interior… nem Évora, em proporção, conhece tantas infra-estruturas. Até o Cine Teatro exibia filmes de qualidade; nos tempos mais próximos Évora deixará de ter uma sala de cinema…
Céu azul e a brancura das paredes… ecos mouriscos nas paredes, chaminés, calçadas…E ainda oliveiras centenárias.Mina de São Domingos
O sítio é um pouco arrepiante, imaginar que entre 1858 a 1966 - sob exploração de uns quaisquer ingleses (ressalva: uns quaisquer não, a Companhia Manson & Barry com direito a uma brutal mansão – hoje Estalagem Mina São Domingos, de 5 estrelas!) - o sítio era palco para a elite da mansão (e ainda com court de ténis e coreto), viver ao lado e respirar o mesmo ar poluído e doente dos mineiros. Para completar a antítese, estes habitavam as fileiras de casa siamesas, quadradinhos minúsculos, ainda hoje vivos e agora (alguns) renovados como “A Casa dos Avós”, com caixilhos e portas de alumínio verde.
Para completar o cenário degradante, lá estão os restos do enxofre a poluir as águas.
Felizmente uma lufada de ar fresco anima o sítio: a praia fluvial, na Tapada Grande. Um local idílico para repousar, nadar, remar, pescar, contemplar, ler e, claro, acampar com a casa às costas. No parque de estacionamento AC de: França, GB, CH, ND e Portugal, no total sete. O local já é conhecido (em Porto Côvo um casal de franceses tinha-o na sua lista de visitas a Portugal, por sua vez já recomendado por outros amigos).
Noite outonal mas quase estival em Serpa. Para alegrar o estômago (porque a hora já era tardia) um belo dum jantar no "Molhóbico", restaurante bem alentejano na decoração e cardápio. Só para aguçar o apetite: pataniscas com arroz de feijão, carrilhada (burras, mais conhecidas pelas bochechas do porco), e leitão assado no forno.
A vila by night impregna-se de silêncio e cores, projectando mistérios ao longo das sombras cilíndricas do aqueduto.
Pernoita no mais profundo dos silêncios na praceta ao lado do Parque de Campismo e da Piscina Municipal (exterior).
De dia, a um sábado de manhã, a população reparte-se pelas ruas do centro e pelas grandes superfícies. Juntámo-nos a eles no Intermarché, porque era preciso fazer o “avio”. Trata-se de uma vila, mas o ambiente respirado não é muito diferente de uma pequena cidade provinciana como Évora. Nalguns aspectos até parecia tudo mais lavado e renovado: uns metros atrás uma boa piscina exterior e uns mais à frente uma piscina interior… nem Évora, em proporção, conhece tantas infra-estruturas. Até o Cine Teatro exibia filmes de qualidade; nos tempos mais próximos Évora deixará de ter uma sala de cinema…
Céu azul e a brancura das paredes… ecos mouriscos nas paredes, chaminés, calçadas…E ainda oliveiras centenárias.Mina de São Domingos
O sítio é um pouco arrepiante, imaginar que entre 1858 a 1966 - sob exploração de uns quaisquer ingleses (ressalva: uns quaisquer não, a Companhia Manson & Barry com direito a uma brutal mansão – hoje Estalagem Mina São Domingos, de 5 estrelas!) - o sítio era palco para a elite da mansão (e ainda com court de ténis e coreto), viver ao lado e respirar o mesmo ar poluído e doente dos mineiros. Para completar a antítese, estes habitavam as fileiras de casa siamesas, quadradinhos minúsculos, ainda hoje vivos e agora (alguns) renovados como “A Casa dos Avós”, com caixilhos e portas de alumínio verde.
Para completar o cenário degradante, lá estão os restos do enxofre a poluir as águas.
Felizmente uma lufada de ar fresco anima o sítio: a praia fluvial, na Tapada Grande. Um local idílico para repousar, nadar, remar, pescar, contemplar, ler e, claro, acampar com a casa às costas. No parque de estacionamento AC de: França, GB, CH, ND e Portugal, no total sete. O local já é conhecido (em Porto Côvo um casal de franceses tinha-o na sua lista de visitas a Portugal, por sua vez já recomendado por outros amigos).
Defeito: as canoas e gaivotas não estavam disponíveis para aluguer (pelos vistos só no Verão e nem todos os dias).
Água (water, eau), sem despejos (no grey waters, pas de vidange).
3 comentários:
Gostei, sim senhora! E fiquei com água na boca para revisitar estes lugares, agora de casa às costas.
Tudo parece idílico, apesar da ausência de sítio para despejos!!
De poucos... podemos vir a ser muitos... e mudar!!!
Vão ''postando'' que vou tentar fazer o mesmo...
E quando puderem... venham também... à Guiné-Bissau!!! ahahah
António Resende
À Guiné-Bissau, de autocaravana?
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