Há oito dias atrás fazia sol e estava calor em Lisboa, assim:
Era o fim do verão.
Hoje chuvisca e o tempo está ameno e triste. É o início do
outono.
No meu quintal a camisa branca esvoaça e Lisboa está lá longe. Já passou uma semana.
Estava calor e em Lisboa havia de tudo: muito barulho em
Belém , uma piscina fabulosa em Monsanto, e , nas ruas de Lisboa, muita gente e um fervilhar de atividades.
Experimentámos o Lisboa Week, esgotado! Tentámos um passeio
pelas ruínas romanas nas profundezas da baixa pombalina, uma fila até quase o
Rossio! Tentámos apanhar o bus, o dia da “mobilidade” tinha alterado a rota!
Deixámo-nos guiar pelas colinas. Um salto até as ruínas do
teatro romano – que calor!
Mais
um esforço e uma ida ao castelo. Fila e bilhete para pagar. Pronto, deixa lá,
fiquemo-nos pelas paisagens no início de Alfama ou por um relax no Chapitô!
(uma nuvem de palha d'aço)
Mais uma voltinha e a casa dos Bicos , a fundação já estava
fechada , nada de Saramago , só um vislumbre do seu elefante…
Não interessa, continuemos a respirar o cheiro alfacinha e
a pequeno almoçar pastéis de Belém; procuremos no Terreiro do Paço uma feira de
artesanato; na rua do Ouro a animação habitual. Lisboa está tão cosmopolita…
Subi, subi até à Avenida da Liberdade. Bolas, que calor,
nada como uma imperial, ali, no Banana’s Bar, junto ao som poético de Pacman, agora “Algodão” em vez de “Da-Weasel”.
( O rapaz gosta de cantar descalço, qual Cesária Évora...)
A noite cai. O calor continua, bares e restaurantes cheios,
no Chiado os turistas começam a descer , outros ainda querem subir no elevador, para
nós está na hora de outras paragens.
Em Monsanto tudo tranquilo. Amanhece. Outra vez piscina.
Foram o quê ? Vinte e
quatro horas de final de verão, o outono vai começar.
Hoje já começou.
1 comentário:
Linda essa sua prosa de Verão. Lisboa emerge das suas palavras quente e atraente.
Hoje o Outono amanheceu molhado e quase frio.Um novo ciclo já escorre pela natureza que se prepara para um passeio de cores e maties outonais. Depois..., depois é a hibernação ...
Oxalá passe depressa!
Carlos da Gama
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