sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Um dia de trovoada quase sem direito a fotos *

 7 de agosto


Lamento informar mas não voltámos a Strasbourg. 



Atravessámos a fronteira (mesmo ali ao lado), chegámos à ASA de Kehl ( N 48º 33´50´´  E 7º 48´50´´   ), fomos à estação de comboios, verificámos que afinal os cães são permitidos em viagem, comprámos bilhete ida e volta para Strasbourg e… não chegámos a ir. Trovoadas familiares que às vezes ocorrem nas férias, fruto de muitos dias passados entre quatro pessoas de manhã à noite numa casa de rodas, com menos de sete metros de comprimento.
A trovoada aumentou ainda mais com o calor. Em Kehl o calor era tanto que crianças e adultos aproveitavam todo o fresco possível. Os primeiros em todas as fontes , jatos de água e pequenos lagos artificiais, os segundos sobretudo nas sombras verdes em fato de banho. Isto no grande jardim  da zona ribeirinha. A Ária aproveitou e bem.
Curiosamente apenas o Reno separa Strasbourg de Kehl, porém, qualquer semelhança entre as duas áreas ribeirinhas é apenas ilusão ótica. 



Do lado francês um verde baço e gasto, sem maiores 
apelativos de relaxe e prazer. A própria ASA para AC , no Parc du Rhin  e ao lado da Pousada da Juventude, tresandava a esgoto e era mesmo algo inóspita. Por outro lado, no lado alemão tudo respirava verde e limpeza. A Natureza é cuidada e as pessoas com ela cuidadosas.



Depois do almoço, mais uma vez esgotados pelo calor, partimos. Não porque fosse imperioso , mas porque o ar condicionado do cockpit voltava a ser o nosso motor de arranque e única salvação. Arrancámos pois para Baden-Baden, cidade termal e capital europeia dos banhos de verão, no século XIX.
As termas seriam eventualmente a solução para os nossos problemas, melhor dizendo, o rio, imaginávamos nós. A ASA tinha muita clientela ( N 48º 46´59´´  E 08º 12´15 ´´) , 12€, e longe do centro (4 km) . Lá estavam , mesmo sem combinarmos, os espanhóis do dia anterior em Strasbourg. No Turismo explicaram-nos erroneamente que podíamos ir a banhos no rio. Tomámos o bus (são permitidos animais desde que transportados ao colo), envergando fato de banho e ala que se faz tarde!
Mas tudo não passou de uma miragem. O fracote rio Oos dava-nos pelo tornozelo, mais uma vez, foi ela, a felizarda de quatro patas, que se regozijou nas águas frescas. (Decididamente a senhora do turismo confundiu pessoas e cães). 




Tudo isto ao longo do rio, na conhecida Lichtentaler Allee, uma alameda e jardim gigante à moda inglesa, à beira do rio Oos, onde também Bismark ou a rainha Vitória se passearam. Ao longo da alameda muitos palácios e hotéis, imaginam-se muitas ladies inglesas nas suas vaporosas rendas e leques de seda, não se imagina é os 40º de calor alentejano que por ali se faziam sentir. Porém, nada de ladies inglesas, apenas quatro alentejanos deslocados do Alentejo natal , longe de tisnados pelo sol mas decididamente abrasados. Fora esses, dezenas e dezenas de árabes, as senhoras e algumas  meninas cobertas de saias e burkas apesar dos calores, eles vestidos à europeia, tshirt e calças de ganga.  Isto no centro histórico, onde para ser sincera nada nos pareceu digno de registo.  Por todo o lado imperam hotéis, pensões, toda uma restauração que vive à sombra das termas e possivelmente do passado.
Durante a noite passou a trovoada, mas o calor continuou.


 *A quase ausência de fotos, especialmente em Baden-Baden, deve-se ao facto de nos termos esquecido, naquele dia, da máquina fotográfica!!! Foi mesmo um dia para esquecer!

1 comentário:

Teresa Diniz disse...

As "trovoadas" familiares são comuns nas férias, está tudo muito próximo!... :)