Num micro palco, com micro bonecos, MicKropodium (Hungria) é uma companhia húngara que deixa sem palavras aqueles que assistem, deleitados, a uma manipulação suave, ímpar, singular.
Mais do que tudo é a poesia dos bonecos e da simplicidade (difícil mestria do marionetista) dos seus bailados.
Ocorre-me sempre, ao ver esta companhia (Los Duendes), que os meus filhos têm crescido a ver os seus títeres doces e fantásticos e os seus “titeriteros” de voz doce e embaladora.
Los Duendes (SP)
Mesmo sem imagens, não posso deixar de escrever rasgados elogios sobre dois espectáculos maravilhosos que, mais uma vez, marcaram a minha memória de eterna apaixonada destas lides.
Um, a demonstrar que o nosso Portugal, nestas coisas de criatividade e poesia visual, não fica nada atrás de grandes nomes internacionais, bem pelo contrário… num país onde a cultura e a educação artística têm sina de ser, ad eternum , parentes pobres, mesmo assim alguns conseguem ser brilhantes. Refiro-me ao Teatro de Marionetas do Porto, ontem em Évora, na BIME, com o espectáculo “ Wonderland". .
Outro, são os imbatíveis nuestros hermanos que, nestas coisas das marionetas, revelam uma aura e talentos especiais. La Canija, companhia espanhola, munida de uma pequena marotte a dançar à sevilhana e a tirar roupa de uma máquina de lavar roupa miniatura, fez as delícias na Sala Estúdio do Garcia. Amanhã vou repetir a dose no Intensidez Biblio-Café, uma livraria-café em Évora que se tem vindo a coser lindamente a várias iniciativas culturais na nossa terra.
(E ainda a Mostra Autobiográfica de Marionetas de um outro mestre português das marionetas: Delphim Miranda)
( E o carrossel Manège Magique, instalado no Largo 1º de Maio , a fazer as delícias dos mais pequenos)
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