sábado, 27 de dezembro de 2014

Mais cidades azuis e brancas

8 de agosto

Hoje, Trogir. Uma cidade encantada, branca de luz, paredes e chão, classificada Património Mundial, pela Unesco.

Deitada numa ilha, rodeada de uma forte muralha e vários cais, foi e continua a ser um importante porto, onde os barcos e iates se refletem vaidosos nas águas limpidamente azuis.



Lá dentro da muralha, as paredes emanam história . Muita influência grega, romana, italiana (mais concretamente veneziana)  e francesa; muitos palácios a lembrar Veneza, muitas igrejas de colunatas e arcos, graniticamente erguidas, vestidas de branco. Ruas e ruelas com mistérios  a desbravar.







 No outro lado, na ilha ao lado, basta atravessar uma ponte, um simpático mercado de legumes  e frutas e outro só de peixe.
Tanta beleza tem os seus custos: muitos turistas e alguma dificuldade em estacionar e… sempre umas moedas para pagar o estacionamento, muitas vezes nada barato.
Depois de Trogir , e quando a oferta é muita às vezes toma-se a decisão errada, sendo esse o caso, não parámos logo a seguir para um mergulho no mar e fizemos asneira. Convencidos que mais à frente outras praias haveria, acabámos por nos ver envolvidos pela malha industrial de Split. 
Parar em Split também não é tarefa nada fácil. Afinal trata-se da segunda maior cidade do país, mas o seu centro é visita numas horitas.
O GPS continuava a pairar e passámos ao lado do estacionamento, cuja indicação havíamos anotado como espaço para AC, sem o ver. Parámos longe do centro, num parque de estacionamento misto, caro (9 €).
Mais uma vez o peso da influência romana, também a bizantina e ainda a egípcia, no palácio diocleciano, por exemplo, um monumento ímpar e distinto. As suas catacumbas, agora ocupadas por um imenso centro comercial de artesanato, são também outro ex-libris da cidade,  diferente e inusitado. 








As ruas são estreitas , quase becos labirínticos onde apetece andar sem rumo e perdermo-nos… 






Acabámos por encontrar uma excursão de portugueses, com guia e  visita guiada. Fomos, qual lapas, ouvindo as explicações. Ficámos a saber que as casas mais antigas, no centro de Split, continuam a ser habitadas por os mesmos inquilinos de outras eras, porque a exemplo de Tito e desde o seu regime, qualquer pessoa pode morar numa cada alugada até morrer, estando o seu proprietário proibido de os desalojar.
Cá fora , ao sol, outro largo e esplêndido passeio marítimo, onde barcos e azul constituem um panorama genial. 



A praia, essa, estava cheia de pontinhos coloridos a saborear o caldo da água, mas a um cantinho ainda cabíamos...




A noite na Croácia ( uma hora a mais que em Portugal) desce mais depressa. Se queríamos um autocamp o melhor era partir cedo. A suspeita realizou-se, todos os autocamps até Omir estavam cheios , foi por isso um fim de tarde complicado até conseguirmos um lugar sem direito a praia, porque já estava escuro e havia ainda que cozinhar.
No dia seguinte a praia ao lado era assim…





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