domingo, 8 de março de 2015

Depois de Dubrovnik



12 de agosto

Tantos quilómetros para se chegar a Dubrovnik, a sensação que o objetivo estava cumprido, porém, na prática, estávamos a meio do percurso. Havia que percorrer a outra metade até casa…. É talvez essa a vantagem de viajar de avião, chega-se ao destino, está-se e quando acaba, pensa-se “daqui a pouco estou em casa”… Também é verdade que não queríamos ir já para casa e que até casa ainda poderíamos ver mais, conhecer mais. E afinal era só dia 12 de agosto (apesar de termos partido a 19 de julho), e que, quando não nos deixam fazer férias repartidas , estas têm de ser assim, aproveitadas à bruta.
A meio do percurso muitas hipóteses estavam em jogo: visitar alguns pontos estratégicos da Bósnia, mesmo ali ao lado, os cartazes e folhetos turísticos remetiam para Mostar, não muito longe dali; por outro lado faltava-nos a província de Ístria ainda na Croácia.

Muito betão pela frente , é certo, muito mar, muitas ilhas, muitos , muitos quilómetros, muita sinalética original… 

A primeira etapa foi entrar e sair da Bósnia, onde as autoridades nem sequer se dignaram a carimbar os passaportes , como tanto desejávamos. Perante os ares carrancudos , nem abrimos a boca… Já na Bósnia , parámos apenas numa estação de serviço para procurar infrutiferamente um autocolante do país. Desistimos de Mostar. Ainda faltava Itália, França, Espanha…
Acrescentámos ao cardápio mais uma vila croata: Sibenik, cuja catedral (St. Jacob) foi classificada Património Mundial pela Unesco. Estacionámos no porto ( caro, 20 kunas por hora!) e marchámos debaixo de sol intenso para as ruas brancas, escaldantes, de solo brilhante e escorregadio à procura da catedral. Ei-la à mão de semear .






 A localidade, comparada com outras já visitadas, não acrescentou nada em beleza.
Dali era hora de procurar “abrigo” e dar um mergulho no mar. Porém, o final de dia foi inglório. À medida que íamos pela nacional,  campings e autocampings  piscavam o olho, mas quando nos decidimos a procurar um, foram mais de meia dúzia de tentativas sem êxito , por entre caminhos escusos e nada atraentes para 7 metros de comprimento. Estava tudo esgotado , pelo que , ao fim de mais de três horas sem sorte , acabámos no camping Borik, em Zadar, para pagar um disparate de dinheiro. É assim a Croácia, um sorvedouro de kunas em campings. De noite escura, apenas molhámos os pés na praia porque primeiro houve que saciar a  fome. Para dia de regresso e nova travessia pela Croácia a coisa não começou nada bem .

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