sexta-feira, 1 de julho de 2016

Parámos em Paray … sem convite para a peregrinação.

17 de agosto

Quando se mete a “cassette” de regresso, a viagem começa a perder piada. Tudo soa e cheira a fim de férias e ainda faltam centenas e centenas de quilómetros. À frente, o eterno alcatrão e a expectativa de uma paragem amena, interessante, bela. Quando não se conhece às vezes acerta-se , outras não.
Depois de muito alcatrão, estradas nacionais, regionais, perto das 18 horas apontámos para Paray-le-Monial, local completamente desconhecido , com ASA para descansar (o que não queria significar nada, porque em França qualquer lugarejo tem ASA).
Qual não foi o espanto quando a ASA nos pareceu diferente e animada, uma ASA em festa, diríamos: pavilhões, música, gente, muitos carros na suposta área para autocaravanas. Depois de parados é que percebemos: a localidade acolhia um encontro religioso, Paray é um forte centro de peregrinação devido à aparição do Sacré Coeur à freira Margarida Maria, depois consagrada Santa Marguerite. 






Antes disso, porém, a basílica de Paray foi um importante centro da ordem de Cluny durante a Idade Média. Arquitetonicamente falando, continua a ser um grande centro de atenções.



Também  o Hotel de Ville tem o seu charme , bem como a praça e as ruas envolventes. De noite, tinha tudo um ar de filme, alguns transeuntes e uma cadela louca (a nossa) a fazer círculos na praça. Nas capelas, orações e confissões.



A localidade é ainda atravessada por dois canais, num deles “estacionam” barcos-casas. (Sempre gostei de barcos-casas, é assim um parente de autocaravana mas sem alcatrão sob as rodas).


De manhã cedo continuava a azáfama das orações e cânticos, difícil foi sair do estacionamento, estava a ver que tínhamos de interromper a missa… felizmente alguém da organização nos viu e ouviu… e deu uma mão.

O alcatrão esperava-nos, acabavam-se os canais.

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