quarta-feira, 17 de maio de 2017

Em Sevilha…. esgotada.



Já há um bom par de anos que não ia a Sevilha. Desta vez fomos na ida e na volta de uma rota que pretendia avistar África.



Inocentemente, esperávamos estar lá dois ou três dias seguidos, mas nada se apresentou cativante. Era a semana da Páscoa e, pela primeira vez nestes anos de viagens de casa às costas, fugi das procissões… ( à exceção de Aracena, o que se compreende, era o primeiro dia da rota) e de Sevilha.

Trânsito fechado, igrejas que não conseguimos ver, os jardins Real Alcázares onde não conseguimos entrar, filas e filas de gente, muitos “sevilhanos e sevilhanas” aperaltados num “dominguismo catita”, como diria o nosso Eça; e tudo isto no meio de muito incenso, andores e rufar de tambores. Valia a alegria dos outros, os “costeros” massudos, nos intervalos da tarefa…


Foi pena a alegria não me atingir, porque Sevilha é um manancial de arte a céu aberto, porém, a mim apetecia-me ter espaço e vistas abertas. 



Ainda assim, a Praça de Espanha até me pareceu mais airosa e limpa do que da última visita; 









o Hard Rock Café creio que nem existia e, vá lá,  desta vez deu para descobrir um bonito edifício com curral andaluz onde as guitarras certamente se sentem bem; 





o bairro judeu conseguia manter algumas ruelas respiráveis e algumas praças pacíficas e amenas. 






Na realidade, as multidões concentravam-se em redor de La Giralda e da catedral, entrar nem pensar.





Embora apetecendo o ar árabe e o sol de quase Verão, ficou-se tudo pela miragem de uma Sevilha que não o era. As imagens que aqui revelo são a prova de que nem tudo o que parece, é. Ficou de fora o lado feio que as palavras descreveram.

Para culminar, da primeira vez ficámos na Asa do porto, muito longe do centro ( N 37º 22´0´´ W 5º 59´51´´, 12 euros, com net, wc e serviços). Ainda por cima, porque em Espanha os transportes públicos não toleram cães, armámo-nos em peões corajosos e palmilhámos 11 quilómetros entre ir, voltar e cirandar pela cidade.

Da segunda vez conseguimos um lugar mais perto, num parque misto, Ponte dos Remédios ( N37º 21´48´´ W05º 59´ 40´´,   10 €, com luz e água, mas sem serviços). Sempre deu para penetrar no famoso e “muy” castiço bairro de la Triana.






Contas feitas: Sevilha na Páscoa, não obrigada, fica-se esgotado e com poucas histórias para contar, que o diga a nossa amiga que adormeceu a sonhar com uma almofada de penas…


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