segunda-feira, 22 de maio de 2017

Cádiz, quase em África, falta o“quase”…




Pisámos Cádiz pela primeira vez.

Mas antes de tudo, um desvio para procurar uma “quinta” sossegada para a Beni, a eleita foi um parque misto em Puerto de Santa Maria, povoação ainda a uns bons 20 km de Cádiz, ao fundo da baía de Cádiz. 




O parque ( N   36º 35´53´´   W 6º 13´15´´ , 6 €, sem serviços) revelou algum sossego (excetuando o facto de ter muita procura de todos os carros da localidade em noites  de procissão, ou seja, todas as daquela semana!!!!) e algum enquadramento paisagístico: fica à beira do rio e , atravessando a ponte pedonal, está-se no centro. Para ir a Cádiz registam-se duas opções: ou o comboio (mais caro e com direito a cães viajantes), ou o catamaran (mais barato - 2,80€, mas sem cães).
Ainda assim preferimos ir sobre as ondas e a nossa companheira ficou a descansar e a guardar a casa. 



Cádiz fica numa península, rodeada de água por três lados.


O seu centro histórico organiza-se em quarteirões geometricamente muito iguais e organizados, com largas ruas e prédios de amplas fachadas, onde se destacam as varandas em ferro.
Tudo converge para a praça onde se ergue a Catedral gótica, imponente e sóbria. Mais uma vez não houve hipótese de a visitar por dentro, as procissões eram o mote e sucediam-se tarde fora.







Ainda houve tempo para nos embrenharmos pelas ruas estreitas e mais escusas, mas mesmo assim nem sempre funcionou, volta e meia a circulação parava como se estivéssemos num labirinto cercado de andores e velas. O desfecho não foi muito diferente do de Sevilha.

Bom regresso pelas águas, para no fim do dia passearmos pelo centro de El Puerto de Santa Maria. Incrível como os espanhóis saboreiam o “carpe diem”: toda a cidade respirava vida, pessoas de todas as idades enchiam ruas, bares, esplanadas e, quando chegámos à Plaza de España - mais um muro de gente, o matraquear sonoro e nada de chances de admirar a beleza do local e a igreja Mayor Prioral, com a sua magnífica fachada.

A cidade tem ainda um castelo curioso pela sua reduzida dimensão e pelas suas rendilhadas ameias (Castelo de São Marcos), infelizmente fechado. Só abre mediante marcações a pequenos grupos.



A localidade é um bom ponto de descanso e de passagem, quer para uma visita a Cádiz, quer para quem pretende deslocar-se às praias na linha de Cádiz ou para quem pretende dirigir-se ou regressar da linha mais a sul, de frente para África.



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