sábado, 22 de agosto de 2009

Tempo psicológico








(León)
Em Literatura chama-se “tempo psicológico”, em psicologia bem que pode ter a mesma designação porque lhe assenta que nem uma luva. Refiro-me ao modo como sentimos o passar do tempo. Antes de partir vivem-se momentos sentados nos sofás da memória; no durante, queremos absorver tudo e fazer parar aquele momento especial não o conseguindo; tempos depois… a sensação é que tudo se passou há MUITO tempo!!!!!!!!!!
De facto, não foi preciso passar-se muito tempo. Cheguei a casa há pouco mais de 24 horas e as férias de Verão parecem ter ficado tão lá atrás, tão lá longe, como se fossem umas outras, de outros anos, ainda mais longínquas…
Como recordar pois o seu início, ainda em Julho, sem sentir que se passaram dezenas, centenas, milhares de horas a voar em velocidades estonteantes?..........
Tenho uma ideia vaga de uma avaria da Casinha logo no primeiro dia, na primeira paragem, em Santarém. Qualquer coisa como o motor de arranque que se recusava a arrancar, qualquer coisa como a dificuldade de encontrar um electricista em pleno sábado de manhã, qualquer coisa como pensar que a estrada para Espanha jamais se abriria… felizmente tais momentos estão muito lá no fundo do baú das memórias, sentados em qualquer sofá poeirento e velho.
Mais perto, felizmente, ecoa a memória da sensação de “Estamos de férias!” assim que estacionámos à beira do rio Tormes, em Salamanca. O sítio, ao lado de um parque infantil, é sossegado e recebe sempre algumas AC ou “Van” de várias nacionalidades.







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Salamanca, a nobre Salamanca, é sempre um banho de ar renovado que apetece repetir. Respira-se Vida, Alegria, Energia positiva dos seus edifícios antigos, das suas “calles” animadas, e, especialmente, da sua Plaza Mayor, rodeada de arcadas barrocas, janelas, postigos, venezianas, medalhões de bustos do passado e gente de agora, nas esplanadas, no chão, em pé, sentada.



Salamanca, ponte romana com Catedral ao fundo

Catedral Nova


Plaza Mayor e os olhares dos medalhões

Energia a palpitar








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Os que ali vivem devem sentir o mesmo, porque, mesmo à noite, recém-casados pousavam para as fotos da praxe, iniciando novas etapas da vida, certamente carregadas de energia.
Casamento no jardim
E depois há sempre algo para descobrir. Desta vez foram as luzes que se miravam no leito do rio e as luzes sonolentas e psicadélicas da Casa Lis, actual museu de Arte Nova e Arte Déco.









Museu de Arte Nova










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Depois de uma noite na paz dos anjos, León, no caminho para as tão desejadas Astúrias, foi outra capital a descobrir. A capital do antigo reino de Leão também assenta sobre um rio, o Bernesga, e também é uma explosão de passado histórico. Durante a tarde e “la siesta”, não deu para sentir a habitual energia espanhola, mas deu para nos transmitir o seu natural encanto.




San Isidoro, León


Catedral


Catedral - pormenor









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A catedral gótica, tão próxima das francesas, é um bom pretexto para visitar Léon, assim como San Isidoro e San Marcos (estes últimos convertidos em Museu de Arte Contemporânea e Parador de Turismo).
(relógio catedral)
Numa outra linha estética, sem estarmos à espera, demos ainda de caras com um exemplar palaciano de Gaudí, a Casa de Botines.



Casa de Botines, obra de Gaudí









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A visita foi breve, apenas uma pincelada dos exteriores que se oferecem aos nossos olhares curiosos, o caminho para as Astúrias chamava-nos e o calor não convidava a mais.









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Pernoitas e estacionamentos:
Salamanca – N 40º 57’ 16,17’’ W 5º 40,1’ 6,0’’ (Parque de estacionamento misto, gratuito, sem água, sem despejos, sem W.C., sossegado e seguro)
Léon – N 42º 36’ 17’’ W 5º 35’ 5’’ (zona de AC gratuita, com água e sítio para despejos). Apenas estacionámos. A 500 m. do centro.

(Zona AC, León)



1 comentário:

Unknown disse...

Parabéns pelo blog e pelas informações ! Da próxima vez que estiver com uma AC na Europa, vou me lembrar de vocês!
Um grande abraço,

José Maria Barros
Brasil