quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dia 4 - Duas vilas medievais, dois mundos diferentes





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É o que dá querer a costa fina: mais de 2 horas para percorrer 40 km só porque todos se lembram de entupir uma marginal que dá para a praia!
Sacudindo esta pequena poeira matinal, lá conseguimos despedir-nos de França e lançar o canto do olho ao Mónaco, no alto do Monte Bastilha ( a 427m acima do nível do mar), em plena Rivieira francesa, mais precisamente na pequena aldeia medieval de Eze, um dos desafios de “ Imagens de Bordo” (imagem 3 ).






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A vila forma um desenho circular, assente na base do seu castelo; as ruas estreitas e de pedra
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algumas inclinadas , conduzem até ao seu Jardim Exótico, um espaço com uma vista panorâmica espectacular e uma colecção avantajada de cactos e estátuas “gregas” com ar sonhador.


Ao subir uma das ruas, um retrato de Bono ilustrava uma qualquer técnica de ilusão óptica (fixa-se um ponto vermelho da imagem durante 30 segundos, fecham-se os olhos e surge-nos na mente escura o desenho contemplado) , o que me fez interrogar por que razão Bono andaria por ali, ao lado do Papa e de outros santos.

Cá está o Bono.




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No Jardim obtive a resposta, pois fiquei a saber que Eze tem sido um destino muito procurado por gente famosa, Bono incluído. Ao que parece, até um filme de Hitchcock foi rodado nas proximidades.








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Também o famoso (!?) príncipe Carlos da Suécia se desfez de amores pela romântica vila, tendo habitado o castelo que agora alberga um hotel Vip, no qual se podem admirar carros e jogos como estes:









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Antes de subir às ruas estreitas, logo à entrada, há um parque de estacionamento exclusivo para autocarros. O melhor mesmo é subir encosta acima para o lado oposto da vila, até a um parque de estacionamento servido de navette (5€ , incluindo uma entrada gratuita para o Jardim Exótico).




A navette





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Após o passeio romântico lá nos decidimos a entrar no estreito país com a configuração de bota, que logo de início é marcado pela travessia às dezenas de túneis escavados nas montanhas.
Revisitar Finale Ligure (em 2003 havia sido a nossa primeira incursão na Ligúria, com direito a mergulho e tudo, no mar mediterrâneo apetitoso) era o objectivo.
Desta vez não mergulhámos, apesar de a área para AC sugerir a ilusão de entrarmos mar adentro... estacionámos (N- 44º 9´55. 728 E 8º 20´14. 892´´ - 15 €!!! ) e fomos rever Finale.


Zona de AC , em Finale Ligure (Itália)





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Logo de chofre a arquitectura muda, nada que se assemelhasse à pequena Eze, afinal ali tão perto. Aqui são os trompe d’ oil que mais encantam, apesar da cidade estar um pouco a precisar de se abrilhantar para novos bailes. Mesmo assim percorreu-me na espinha um arrepio que dizia “Esta é a bela Italia!”














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Dentro de Finale Ligure vive ainda uma antiga povoação intra-muros, Finale Borgo, publicitada como “ Il borghi pìu belli d’ Italia”. É de facto bela, apesar de também muito degradada. É como se outra cidade respirasse mais pausadamente dentro da cidade. Lembro-me que da primeira vez (há oito anos), a sensação foi mais forte , como se estivesse a entrar num cenário e não na realidade. À segunda tudo toma menores proporções, mas mesmo assim a rua principal, com um cortinado vertical de verde ao fundo, continua a injectar-me a mesma sensação singular:






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Uma fatia de pizza ou um gelado na pequena praça é tudo quanto basta para se pensar que vale a pena estar neste mundo.



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