(individual à venda na exposição, reprodução de Fantin-Latour)
QUEM ainda não foi, é melhor
despachar-se, só cá está até dia 8 de janeiro. Poderá ainda optar por fazer
dela uma prenda de natal original… e barata, apenas uns meros 5 euros.
Falo obviamente numa perspectiva muito
consumista, mas não se trata nada disso; a perspectiva é mais do que isso: é a
das coisas, ou seja, da natureza morta na Europa, traduzida em telas e cores, básica
e totalmente.
De 1840 a 1955, de um Courbet até
Vieira da Silva (só para dizer que alguns portugueses também lá estão),
passando por Monet, Picasso, Magritte, Dalí (meu deus, aquele telefone creme
com auscultador de lagosta, foi “esculpido” pela tua mão!!!)
É incrível percebermos como a
pintura se apropriou do real tão mimeticamente, no volume, na forma, na cor , na
textura (e quase cheiro e quase sabor) e depois perceber que transformou a
realidade e a reinventou… Por que não um hino futurista à energia? Por que não
um cubismo picassiano? Por que não o subconsciente de relógios moles à Dalí?
“O que significará para um objecto
ser transformado numa ordem pictórica, que género de pintura será capaz de
representar a sua realidade inexorável?”
Ou ainda: Que há de mais surreal
e abstracto que a própria realidade, o próprio mundo?
Questões que me bateram à porta,
enquanto deslizava de um quadro para outro, de um jorro de cores e formas para
outro…
Na Gulbenkian, até 8 de janeiro de 2012.
Outra perspetiva de outras coisas ... só que com vida...
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