domingo, 6 de maio de 2012

E biba o Porto!



DE cada vez que vou à Invicta fica-me sempre a sensação de incompletude, talvez porque o Porto seja um mundo infinito de diferenças e variedades :


















começando pela musicalidade do linguajar com os seus ditongos a subir e o seu vocabulário – carago! -; passando pelas casas sombrias e fortes; pelas largas avenidas e pelas estreitas ruelas; pelo eclectismo do velho e do novo; pela serra de prédios, pela ribeira e o Douro; pelo passeio pedestre até ao mar; pelo verde aberto do Jardim da cidade… querem mais?


Desta vez  - a anterior já foi há uns anitos, como o tempo voa – foi um passeio diferente mas igualmente alegre e inspirador. Iniciando-se pela zona da Sé , subindo a rua íngreme do Cativo   , contemplando os seus recantos e estabelecimentos de outros tempos – drogarias, ferrarias, lojas de peles, casas de luz vermelha – até à Praça da Batalha.
Também a zona comercial na rua de Santa Catarina para nos infiltrarmos no cosmopolitismo das marcas e modas (até o filho da imigrante que pedia esmola, jogava ao lado na sua PSP).

Também um salto até aos Aliados para respirar largueza e ver passar o eléctrico para a seguir contemplarmos uma das cinco mais belas estações de caminho de ferro da Europa( nas palavras de A.D, perito em viagens pelas linhas férreas ) e não resistirmos a mais um marcador do tempo e a nomes que implicam partidas e chegadas: estação de São Bento.










E, como em “Roma, sê romano”, nada como uma francesinha (não deveria ser portuguesinha?!) para tapar a boca que dá horas do estômago. Seguindo o conselho de uma filha da terra, só no “bufete Fase”, pois então, no centro , logo ali na rua de santa Catarina , em Santo Ildefonso.
Um senão portuense: estacionar autocaravanas não é o mais fácil e prático. Ao longo do rio alguns lugares e espaço, ainda assim sem ter a certeza da segurança. O parque de estacionamento da Alfandega  com sinal de proibição a AC, por isso fomos ao longo do rio até  à Foz onde a Casinha ficou todo o dia sem problemas e onde à noite dormimos o sono dos justos, para no dia seguinte acordarmos, aproveitarmos o sol numa esplanada a ver os barcos passarem e a pôr em dia as conversas do/com o  pisco (entenda-se por pisco o que quiserem, a piada é familiar , o dito pássaro palrador deve perceber se até aqui voar…).







E biba o Porto!



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