(Porto Côvo)
Fresquinhas… ou quase.
Como vão as coisas para o
autocaravanismo na zona?
Em S. Torpes menos fáceis.
Durante o dia a GNR passa vezes sem conta, mas nada diz. Deu para estar,
almoçar, jantar, ir à praia, dormir a sesta. Depois da meia-noite, talvez com
receio que nos transformemos em Gatas Borralheiras, ouvi dizer que não
poderíamos pernoitar. Ilógico, não? Já vi gente a fazer asneiras durante o dia,
mas aí não há problema; à noite que supostamente serve para dormir, já lá vem a Censura. Bem, a nós
não nos disseram nada, mas uma das noites saímos de lá porque todos saíram,
dizendo que a GNR tinha lá estado a avisar… Passadas duas noites, lá dormimos –
dormimos mesmo! – e ninguém apareceu nem ninguém disse fosse o que fosse. Acho
que depende dos dias.
(S. Torpes)
Em Porto Côvo há novidades. Dois
parques de estacionamento – o da Praia Grande e o da antiga feira – outrora interditos
a AC com barreiras de altura , têm agora alguns lugares para as ditas. Dentro
da vila, frente à escola primária, onde de há uns anos a esta parte muitos AC,
caravanas e vendedores das barracas, faziam do espaço uma zona AC e/ou camping,
existe agora uma “zona de serviço para autocaravanas”, com dois espaços para
despejo e abastecimento de águas. Quer nos outros parkings referidos quer neste,
a lotação estava praticamente esgotada com as “casinhas” muito juntinhas, quase
sem espaço e privacidade entre vizinhos. E sempre a poeira, muita.
(paisagem lunar: entre Sines e S.Torpes)
Também há quem continue a
estacionar e pernoitar à entrada da vila, nos passeios junto às vivendas. Pela
primeira vez no nosso historial destas bandas, fizemos o mesmo. Resultado: às
2h30 da manhã não fomos expulsos pela GNR , mas fômo-lo pelos jovens e outros
que vinham da animação noturna na Praia Grande. Por qualquer motivo a noite de
Porto Côvo tinha-se transformado em dia e nós fugimos para a falésia. Aqui,
muito menos AC à noite do que o habitual, mas mesmo assim lá fomos ressonar um
pouco e fizemo-lo em paz.
Como vêem, não se pode dizer que
esteja tudo na mesma, ou se calhar pode. Tira-se dum lado , coloca-se noutro. A
verdade é que é extremamente positivo já terem construído a área de serviço, o
que torna por aquelas bandas o autocaravanismo mais higiénico , mas mesmo assim
muito ainda se poderia fazer. Aliás, não me parece que a zona – pelo menos
naquele sítio - seja para todo o sempre.
A vila continua a crescer desalmadamente e aquele virá certamente a ser espaço
para mais uma nova urbanização.
De positivo também foi ter batido
em cheio nas festas da terra: mais uma vez saboreámos a caça ao pato, desta
feita com um derradeiro pato matreiro que mergulhava nas águas sempre que o
caçador dele se aproximava.
Ah! E os “caches” dali e
redondezas – até Sines com o Gama a espreitar-nos – estavam de boa saúde, especialmente
o de Porto Côvo que foi restituído ao sítio original precisamente por aqueles
dias.
Castelo de Sines
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