sábado, 1 de setembro de 2012

News from S. Torpes, Porto Côvo


(Porto Côvo)

Fresquinhas… ou quase.
Como vão as coisas para o autocaravanismo na zona?
Em S. Torpes menos fáceis. Durante o dia a GNR passa vezes sem conta, mas nada diz. Deu para estar, almoçar, jantar, ir à praia, dormir a sesta. Depois da meia-noite, talvez com receio que nos transformemos em Gatas Borralheiras, ouvi dizer que não poderíamos pernoitar. Ilógico, não? Já vi gente a fazer asneiras durante o dia, mas aí não há problema; à noite que supostamente serve  para dormir, já lá vem a Censura. Bem, a nós não nos disseram nada, mas uma das noites saímos de lá porque todos saíram, dizendo que a GNR tinha lá estado a avisar… Passadas duas noites, lá dormimos – dormimos mesmo! – e ninguém apareceu nem ninguém disse fosse o que fosse. Acho que depende dos dias.


(S. Torpes)



Em Porto Côvo há novidades. Dois parques de estacionamento – o da Praia Grande e o da antiga feira – outrora interditos a AC com barreiras de altura , têm agora alguns lugares para as ditas. Dentro da vila, frente à escola primária, onde de há uns anos a esta parte muitos AC, caravanas e vendedores das barracas, faziam do espaço uma zona AC e/ou camping, existe agora uma “zona de serviço para autocaravanas”, com dois espaços para despejo e abastecimento de águas. Quer nos outros parkings referidos quer neste, a lotação estava praticamente esgotada com as “casinhas” muito juntinhas, quase sem espaço e privacidade entre vizinhos. E sempre a poeira, muita.

(paisagem lunar: entre Sines e S.Torpes)

Também há quem continue a estacionar e pernoitar à entrada da vila, nos passeios junto às vivendas. Pela primeira vez no nosso historial destas bandas, fizemos o mesmo. Resultado: às 2h30 da manhã não fomos expulsos pela GNR , mas fômo-lo pelos jovens e outros que vinham da animação noturna na Praia Grande. Por qualquer motivo a noite de Porto Côvo tinha-se transformado em dia e nós fugimos para a falésia. Aqui, muito menos AC à noite do que o habitual, mas mesmo assim lá fomos ressonar um pouco e fizemo-lo em paz.

Como vêem, não se pode dizer que esteja tudo na mesma, ou se calhar pode. Tira-se dum lado , coloca-se noutro. A verdade é que é extremamente positivo já terem construído a área de serviço, o que torna por aquelas bandas o autocaravanismo mais higiénico , mas mesmo assim muito ainda se poderia fazer. Aliás, não me parece que a zona – pelo menos naquele sítio -  seja para todo o sempre. A vila continua a crescer desalmadamente e aquele virá certamente a ser espaço para mais uma nova urbanização.



De positivo também foi ter batido em cheio nas festas da terra: mais uma vez saboreámos a caça ao pato, desta feita com um derradeiro pato matreiro que mergulhava nas águas sempre que o caçador dele se aproximava.




Ah! E os “caches” dali e redondezas – até Sines com o Gama a espreitar-nos – estavam de boa saúde, especialmente o de Porto Côvo que foi restituído ao sítio original precisamente por aqueles dias.

 Castelo de Sines


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