quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Santillana , a que não tem mar no nome




Acabou a contagem decrescente, eis-nos em terras de Cantábria.
A primeira paragem é a resposta ao tal enigma que não faz jus ao nome.
Santillana é a contração de Santa Juliana. Mar nem vê-lo apesar de estar lá perto.

Recuemos até à Idade Média (séc. IX) e imaginemos , caminhando por aquelas suaves colinas verdes, um grupo de vestes castanhas serpenteando por entre trilhos, olhos postos no chão. Um grupo de frades. Transportam escondido entre trapos algo pesado e valioso. Como se soubessem de cor o seu destino, acampam no local combinado para erguerem pedra sobre pedra uma ermida onde esconderão a relíquia transportada desde a Turquia, a relíquia de uma santa, virgem, de nome Juliana.

Assim nasceu Santillana. A ermida depressa passou a Colegiata, assim como a localidade que, de ermo verdejante passou a ser terreno onde nobres instalaram feudos e palácios. De uma rua passou a algumas ruelas, de uma praça passa a duas, uma delas, ou não estivéssemos em Espanha, com o nome de Plaza Mayor depois de ter sido Plaza do Mercado. Palácios e conventos vão-se expandindo (até de monjas) até que à povoação, no séc. XIX, lhe é concedida reconhecimento artístico a nível nacional e internacional.

Hoje, é ponto incontornável se se vai a terras de Cantábria. É uma aldeia tipicamente medieval, parada no tempo, digna das telas de cinema. 


Difícil é selecionar dois ou três pontos estratégicos, porque toda ela é um filme completo, deixo aqui algumas “películas”, melhor mesmo é estar lá ao vivo:

Plaza Mayor e a sua homenagem a Altamira (apenas 2 Km dali);


 (ao lado do arco, o bisonte de Altamira)

As torres del Merino e Don Borja, qual é qual?




A casa do Marquês de Santillana ;



(por acaso acho que não é esta a casa do Marquês, mas o difícil ali é fotografar casas sem brasão...)

Calle del rio – sempre muito concorrida;


Convento das Clarissas onde ainda hoje as monjas vendem doçaria regional mediante um esquema “secreto” feito de mostruário-campainha-elevador de bolos….






Artesanato típico – sobretudo os doces – as famosas “tabletas” e os “orgamos, galletas de la abuela” (?!), e os “sobaos” (bolo tradicional à base de manteiga, tipo pão de ló);



Estacionamento e pernoita – no parking ao lado da Oficina de Turismo (N 43º 23´22´´  W 4º 06´22’’).
. Grátis, sem água. Tranquilo.

Dias visitados: 25 e 26 Julho


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