Toca ao longe uma gaita de foles, pode ser Irlanda, pode ser
Astúrias, pode ser um qualquer reino da fantasia, da realidade , do passado ou
do presente.
O som vem de dentro de uma porta, daquelas que parecem ter
olhos em, no entanto, não são janelas, são portas.
Quase o mesmo, dirão. Não, a porta abre-se e deixa entrar as vidas, encerra-se e, lá
dentro, há outras vidas que não se vêem cá de fora. As janelas nem sempre se
abrem.
Esta tem ar de olhos, é certo, mas quem lá vive ou viveu,
abri-la-á?
(Vila Real de Sto. António, Portugal)
A gaita de foles calou-se num sopro de carnaval.
É a vez de um piano suave, azul marinho, com gente feliz lá
dentro.
E gente de tempos tão idos que sonhamos com a tela do
cinema, rei Artur, Excalibur, cavaleiros e anéis de poderes mágicos…
A gaita de foles enche o ar novamente...
(Burgos, Espanha)
O passado, o presente. Pode ser ontem, pode ser hoje.
A porta abriu-se…
(Burgos)
e logo se fechou.
2 comentários:
Mas afinal... isto é poesia!...
Bonito.
Parabéns Amiga.
A R
Ás vezes dá-me pr'aí...
obrigada, amigo
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