Não se pode falar do País Basco sem ir ao berço da sua
nacionalidade, imortalizado por Picasso no famoso quadro intitulado “Guernika”.
A cidade-berço é, obviamente, Guernika…
Hoje “cidade da paz”, outrora (há bem pouco tempo, em 1937 ) a cidade bombardeada pelo exército nazi,
com o acordo de Franco, o ditador homónimo do nosso (salvo seja) , Salazar.
A partir do Mestre (Picasso) as suas ruas tornaram-se também
uma escola de pintura mural ao ar livre.
Mas não é por isso que Guernika é o berço. Muito antes de
Picasso e muito antes do bombardeamento nazi, em tempos imemoriais, (provavelmente
ainda da Idade Média) Guernika era sede de governo e foi a mãe de todos os parlamentos,
mais concretamente o primeiro parlamento ao ar livre.
Ali, sobre o genuíno manto verde da mãe-natureza, à sombra
de uma grande árvore, vinham dos quatro cantos, para a difícil tarefa de decidir os destinos
dos seus “pueblos”, da sua região, do seu país.
A árvore original, a Mãe, ainda lá está, depois
de 300 anos de História. Já velhinha,
agora é amparada e guardada pelas colunas do temp(l)o.
Em 1860
foi substituída por outra, apesar
de Conselho se reunir já sob um teto
diferente. A mais moderna Casa de las
Juntas , um misto de Igreja e de Parlamento,
ergueu-se a partir de 1826, e os seus oradores, ainda hoje se sentam sob
um teto de vidro onde a antiga árvore espreita simbolicamente , pintada.
Lá fora, no jardim, a árvore plantada mais recentemente (em
2005) lá está. E, quando cair de velha, outra a substituirá. Ali , em Guernika,
o berço parlamentar da nação basca.
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