domingo, 9 de dezembro de 2012

O berço basco





Não se pode falar do País Basco sem ir ao berço da sua nacionalidade, imortalizado por Picasso no famoso quadro intitulado “Guernika”. A cidade-berço é, obviamente, Guernika…
Hoje “cidade da paz”, outrora (há bem pouco tempo, em  1937 ) a cidade bombardeada pelo exército nazi, com o acordo de Franco, o ditador homónimo do nosso (salvo seja) , Salazar.
A partir do Mestre (Picasso) as suas ruas tornaram-se também uma escola de pintura mural ao ar livre.




Mas não é por isso que Guernika é o berço. Muito antes de Picasso e muito antes do bombardeamento nazi, em tempos imemoriais, (provavelmente ainda da Idade Média) Guernika era sede de governo e foi a mãe de todos os parlamentos, mais concretamente o primeiro parlamento ao ar livre.
Ali, sobre o genuíno manto verde da mãe-natureza, à sombra de uma grande árvore, vinham dos quatro cantos,  para a difícil tarefa de decidir os destinos dos seus “pueblos”, da sua região, do seu país.

A árvore original, a Mãe, ainda lá está, depois de  300 anos de História. Já velhinha, agora é amparada e guardada pelas colunas do temp(l)o.



Em 1860 foi substituída  por outra, apesar de  Conselho se reunir já sob um teto diferente.  A mais moderna Casa de las Juntas , um misto de Igreja e de Parlamento,  ergueu-se a partir de 1826, e os seus oradores, ainda hoje se sentam sob um teto de vidro onde a antiga árvore espreita simbolicamente , pintada.




Lá fora, no jardim, a árvore plantada mais recentemente (em 2005) lá está. E, quando cair de velha, outra a substituirá. Ali , em Guernika, o berço parlamentar da nação basca.








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