Dia 7
De Lucca a Pisa é um
passinho. Diretos até à área de serviço (N 43. 43´16´´ E 10º 25´14.8’’), 5€ - 6
horas ou então 10€ o dia. A um 1.20 km do centro, mas com uma agradável pista
de bicicletas até lá. Foi o que fizemos, pedalar alegremente.
Chegados ao Campo dos Milagres
(em vez de milagres estava inundado de vendedores de chapéus de chuva, malas,
asiáticos que agarravam entre o polegar e o indicador a Torre de Pisa). Até
cães bebiam nas fontes…
Reservámos bilhete para visitar a
Duomo às 14 horas e pedalámos para a parte velha da cidade e até ao Mac mais próximo
(na estação ferroviária), atravessando a Via Santa Maria com a sua arcadaria
alegre, a ponte que atravessa o Arno e a
moderna Corso Italia com o seu comércio europeu e cosmopolita.
O rio Arno
Mas não havia como fugir das
enchentes em campo dos Milagres e lá fomos. Felizmente, no interior da Duomo
restabelece-se a paz ao longo de 100 metros de longitude, 5 naves e múltiplas colunas.
Fica-se a admirar o púlpito esculpido por Giovanni Pisano: cenas da vida de
cristo como se de uma BD se tratasse. Ao lado do púlpito e por cima das nossas
cabeças, a famosa lâmpada de Galileo, um pêndulo para provar mais uma das suas
experiências físicas.
Lâmpada de Galileo
Púlpito
O exterior é ainda mais exuberante:
4 filas de galerias bordadas de colunas e rendilhados, num mármore suave onde
alternam as tonalidades. Cá fora continua a confusão…
A torre inclinada de Pisa, o ex
libris, a atração, já é novamente visitável, apesar de em 2003, a primeira vez
que lá estivemos, receber apenas visitas reduzidas e por marcação. Ainda assim,
não subimos, bastou-nos a visão sumptuosa com o conjunto dos três edifícios que
constituem o “milagre: Duomo , Torre e Baptistério.


Qual a mais inclinada ?
Também a parte velha, separada da
zona mais comercial e modernizada, pelo rio Arno, tem o seu encanto. Aliás, a cidade, apesar de
ser conhecida pela omnipresente torre inclinada, é ainda constituída, na parte
velha , por mais um conjunto amplo de torres que são a malha da muralha que
circunda o centro histórico.
Como se fossemos locais, ao pedalar pela via Santa
Maria, virámos à esquerda e parámos para um breve descanso, admirando a praça
dei Cavalieiri. O nome implica a ordem dos Cavaleiros de Santo Stefano, criada para
combater os infiéis. Não vimos nem uns nem outros, os palácios estavam desertos
(hoje núcleos da universidade) e a igreja também.
A atmosfera de paz, cortada por
umas leves apitadelas do vendedor de gelados era tanta, que um grupo de
adolescentes adormeceu no chão, como que por um toque simultâneo de magia
(???!!!!!)
Estava na hora de partir, não sei
porquê uma campainha interior tocou e metemo-nos a caminho para Vinci.
Fotos área de serviço Pisa: http://www.areasostaitalia.it/area-sosta/?id=47#