Neste outono invernal de 2004 a
chuva tem sido abundante. Também o foi na Croácia, mais precisamente no dia em
que visitámos o Parque Nacional de Plitvice- Jezera… por incrível que pareça foi em agosto.
Este Parque, classificado como Património Mundial da Unesco,
é algo de singular e inusitado. A poucos quilómetros da capital e em direção a
sul, mais exatamente às praias de Split, este espaço verde e cheio de cascatas
parece ter sido retirado de um canto africano e colocado ali.
As cascatas são às dezenas, algumas
com muitos metros de altura ( a maior delas com 78); os lagos que ali se formam,
em diferentes andares, rondam os dezasseis; os seus tons verdes, azulados,
esmeralda, e outros que tais têm variadíssimas extensões…. Alguns, de tão largos
e profundos são possíveis de navegar em barcos e, mais uma vez, entramos num
estranho mundo retirado da ficção e ali colocado.
A cascata maior (os pontos coloridos correspondem à fila de turistas)
Parece que a sua posição geográfica
, as suas particularidades climáticas, a confluência de rios subterrâneos, o
calcário residente são algumas das caraterísticas que estão na origem da sua inusitada e singular beleza.
Também a flora e a fauna são
únicas e diversificadas, desde à mais pequena planta ao grande urso que afasta
turistas e pernoitas de, por exemplo, autocaravanistas.
Infelizmente, num dia em que o
céu não dava tréguas atirando cá para baixo quase tanta água como aquela que
nos rodeava, a visita não foi tão fantástica como havíamos sonhado.
Percorrer terrenos húmidos, passadeiras
molhadas entre lagos, no meio de filas e filas de turistas (sim, porque mesmo a
chover o parque continuava a receber centenas de visitantes nesse dia…), com
máquinas fotográficas, capas, guarda-chuvas não foi nem tarefa fácil nem tão pouco o
cúmulo dos prazeres.
É claro que nem a chuva lhe
retirou a beleza e a magia, mas decididamente um dia de sol teria sido ouro
sobre aquele azul.
A caminho de Split e da costa
mediterrânica repleta de praias (o nosso plano seguinte) , a pernoita teria de
se fazer mais adiante, uma vez que ali era
proibido , especialmente porque os ursos surgiriam depois das 23 horas.
A boa noite de sono ficou-se em
Korenica, a única localidade na Croácia onde conseguimos dormir sem pagar, mais
propriamente no parque de estacionamento do café restaurante Bistro Marine. O restaurante
devia esperar que degustássemos o maravilhoso leitão assado tão típico dos
locais montanhosos da Croácia, mas não praticámos essa amabilidade. Outros o
fizeram certamente porque o pequeno parque ficou cheio de autocaravanistas (N 44. 74707
E 15. 70464).
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