quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Irlandas


Irlandas

Esta foi uma viagem vivida a seis, uma excursão, é certo, mas que, apesar do exigente plano, do “speed” da “guia”, das contingências de conduzir em estradas estreitas e à esquerda e com mudanças automáticas, e um w.c. matinal na maioria dos casos, e, e, e,… conseguiu terminar com a meia dúzia realizada e, pasme-se, amigos como dantes.
Começou muitos meses antes com o desenho de um roteiro (quase fielmente cumprido) para 10 dias, entre 24 de julho a 2 de Agosto. Foram consultados vários sites e o guia de viagens da American Express.
Viajámos na TAP (com antecedência, o preço não foi pior) e as pernoitas foram repartidas entre airbnb e booking, sempre apartamento para a meia dúzia de viajantes, sempre boas experiências, especialmente as ocorridas nas quintas verdes e felizes.
O carro alugado na Europcar (Seat Alhambra, de 7 lugares) correspondeu às necessidades, tirando o percalço do Adblue. Se não sabem o que é, nós também não, até ao momento em que obrigatoriamente tivemos de o conhecer, (consultar dia 2).

Dia 1 – Lisboa - Dublin - Enniskerry – percurso Wicklow Mountains ( Glendalough)– Kilkenny – quinta “Farm´s House”.

Chegada ao aeroporto de Dublin às 9.40. Depois de uma leve aula de condução-habituação às mudanças automáticas, ala que se faz tarde e início da aventura pelas estradas irlandesas… uma experiência avassaladora: quando a estrada assinala serem permitidos 80 km/ hora, interrogámo-nos até ao último dia como tal é possível. Ali íamos nós com sensores a apitar se nos encostávamos às sebes do lado direito, assim que nos desviávamos de carros, autocarros, tratores…
Lá prosseguimos devagar até Enniskerry – paragem para almoço (constatação que há sempre uma secção com quentes e confeção de sandes com pão e ingredientes à escolha e ao vivo nos supermercados Spar).



Pormenor de café , Enniskerry

A aldeia consta de largo e rua e meia, com algum colorido. Situa-se na entrada das Wicklow Mountains e muito perto de Powercourts Gardens, onde não fomos porque havia quem já conhecesse. Não repetimos, por considerar que quem visitou os jardins de Versailles ali verá uma breve versão.

Depois disso entrámos na magia mítica irlandesa: em Glendalough, as ruínas de um dos primeiros mosteiros do cristianismo celta, estabelecido por St. Kevin, no séc. VI. Consta de catedral, cemitério (como todos eles, pleno de cruzes celtas e forte misticismo) e uma torre redonda, no fundo, um campanário utilizado como local de refúgio e para guardar manuscritos valiosos. Chegava-se à entrada, às vezes situada a 4 metros de altura, por uma escada de madeira que depois era recolhida do interior.


Glendalough, campanário



Cemitério


Em redor, o ambiente de tranquilidade, o verde aveludado de árvores fortes, as sebes do tempo do “Jurassico” com veados domesticados e os dois lagos esverdeados, onde muitos turistas se banhavam alegremente.










Chegada a Kilkenny ao final da tarde, a tempo de visitar a Catedral e Black Abbey, esta com vitrais lindíssimos. Na primeira, olhavam-nos os portugueses “3 pastorinhos”, olá, estão cá? Incrível, até aqui vos encontramos.


rua central de Kilkenny


Primeiro contacto com pub irlandês: no rés do chão havia música tradicional e alegria no ar, os preços e a ementa não eram muito convidativos, mas era o momento para a primeira Guiness das férias!




Na Irlanda tudo fecha cedo, mesmo os pubs anunciam jantares a partir das 18 e a Greta (senhoria da nossa casa na quinta) não mostrou muita recetividade para uma chegada tardia, pelo que, com medo das badaladas da meia-noite não fosse transformar-nos em ratos e termos de entrar por algum buraquinho da parede, muito antes disso, conseguimos encontrar o caminho rural a 25 km de Kilkenny, onde os coelhos saltitavam quais bonecos de mola,  e ter uma boa primeira noite de sono tranquila, na “Farm house” à moda Ikea.




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