terça-feira, 17 de novembro de 2009

Deixem-me pedalar e outrar-me!!!


Como toda a gente sabe, ou quem não sabe desconfia ou já ouviu falar, de França para cima (já para não falar do imenso esforço que muitos Ayuntamientos estão a realizar em certas localidades espanholas, como Mérida, Sevilha, etc, etc), o meio de transporte por excelência é a bicicleta.
Na Holanda, a bicicleta tem a prioridade sobre, imagine-se, peões! Na Dinamarca (assim como na Holanda, claro), ao lado da via para os automóveis, há sempre uma via para as duas rodas.
Para quem desconhece, na Dinamarca paga-se 150% de imposto sobre o valor do carro! Nestes países a política é a das duas rodas e a da protecção do meio ambiente.



Atreladas à Casinha levo sempre, portanto, quatro bicicletas e faço “como em Roma: sou romana”, já que aqui, neste Alentejo (ou deserto, como dizia o outro) levo com os escapes nas vias respiratórias, sou insultada pelos peões, apupada por alguns homens, e os carros quase me esmagam porque para eles sou só duas rodas.




Nesses países há ainda uma profissão que eu gostaria de eleger. Mas tinha de ser lá. Refiro-me àquela profissão que lá usa as duas rodas (ou três), que pedala o santo dia debaixo de sol e de chuva, que contacta com as pessoas, que toca campainhas e dantes, há muito tempo atrás, era desejada por aqueles que estavam em casa e por eles esperavam. Agora, com o avanço das tecnologias nem por isso, agora só trazem as contas e possivelmente dívidas. Deixem-me, mesmo assim ser carteira, posso?!!!!



2 comentários:

João Morgado disse...

Olá Paula!
Como muito bem diz, nesses países é normal ver-se um homem de fato e gravata ou uma senhora toda aperaltada a pedalar. Tenho o exemplo da minha própria filha, que em Turim vai de bicicleta para o emprego, coisa que cá seria incapaz de fazer. Belas mentalidades.
Um abraço

VagaMundos disse...

Por aqui até com temporais se pedala. Quer dizer até os nativos pedalam :) Porque as nossas estão à espera de melhores dias para voltarem ao activo.
bjs