Há quem passe pelas coisas e não as veja. Há quem pare e fique a admirá-las uma eternidade, ou só um bocadinho ou o quanto baste. Há um cem número de categorias nas quais me incluo e não incluo, porque o que quero destacar são as pessoas que olham e fotografam motivos recorrentes sem se darem conta e, só depois, à força de verem as próprias imagens, percebem que são “motivos recorrentes” no seu repertório fotográfico.
Já falei do motivo “portas”, do motivo “janelas” para me deparar agora com os “relógios”, oriundos de diversas viagens e de tempos parados, de horas cristalizadas, com e sem hora marcada (apesar de agora reparar que também o meio-dia foi motivo recorrente)…
Como o tempo redondo e placidamente alentejano (Redondo, Portugal):
Ou o tempo de raios estendidos (Veneza, Itália):
E o tempo ao lado do Zodíaco, banhado de ouro (igualmente Veneza):
Ou um tempo mais sóbrio, antigo, tão antigo que faz lembrar frio (Podence, Portugal): Ou realeza , ou justiça (na terra de Andersen , Dinamarca)
O tempo organizado desse norte europeu, de mãos dadas com o ritmo dos sinos e das pás que moem mais tempo (Copenhaga, Dinamarca):
O tempo virado a norte, sul, este, oeste, à espera das despedidas e dos reencontros (gare de Waterloo, Londres):
O tempo frio , de ameias , de poder local (Câmara de Copenhaga):
O tempo que apresenta as evoluções do tempo: da sombra dos ponteiros aos mecanismos de corda e badaladas): (Concarneau, França)
O tempo de Sua Majestade , o mais certeiro de todos (Big Ben, claro):
Até ao tempo parodiado por quem se afirma quase dono dele (Basel, Suiça):
E ainda o tempo da luz (Arcos, Espanha):
Terminando na luz divina, no poder do sol e da lua, nas origens (Berchtesgaden, Alemanha):
4 comentários:
Adorei este post!
Mais um excelente "motivo"! Gostamos!
Bjs
Gostei muito deste post. Uma bela colecção! :-)
Obrigada aos três. Vou ver se me inspiro nas fotos para posts do género, já que gostaram.:)
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