Menos de 50 km de estrada e, sempre acompanhados de um belo
cenário, chega-se de Leketio a Zumaia.
Íamos na esteira do flysch
costeiro, uma paisagem lunar presente em todos os guias e manuais turísticos,
mas, mais do que o curioso fenómeno natural, Zumaia tem outros atrativos. E o
maior de todos é o ambiente, o ar simples de veraneio, o mergulho de outros
tempos saltado da ponte, aqui vou eu, como se nem houvesse praias por perto.
Mentira, Zumaia tem, pelo menos, duas belas praias. A de
Zumaia, onde se exibe o vaidoso flysch.
Parámos para umas fotos e, no meio do nevoeiro, fomos vendo chegar, da
esplanada, os veraneantes locais. A rua até à praia parece uma rua de cidade,
com o seu túnel e uma vereda de olmos, como se fossemos a ver as montras e, de
repente, zás, está-se na praia imensa. Do outro lado da dita rua, a povoação.
Uma ampla avenida a olhar o rio, aliás , dois rios, o Ur e o Narrondo; vivendas
simpáticas e, frente ao cais, um simpático passeio fluvial.
o flysch!!!
Ao longo do caminho para peões e ciclistas uma zona para AC
(N 43º 17’ 37’’ W 2º 15’ 1’’) . Primeiro estranha-se (no meio da zona fabril),
mas , com a subida da maré e o verde ali ao lado, entranha-se. Com água, área
de despejos e grátis. O caminho até à
vila faz-se bem a pé ou de bicicleta .
(caminho até à zona AC)
De bicicleta até à praia mais próxima (Santiago) foi uma
bela opção. Esta, sem rochas e sem flytches,
é uma enorme extensão de areia, com umas belas ondas para os amantes de surf.
Antes da praia uma paragem obrigatória: o pequeno museu do
pintor Ignacio Zuloage, um basco que viveu em Paris, contemporâneo de Lautrec,
Degas e Rodin. A casa corresponde a uma capela tradicional basca votada ao mar
e à pesca, e duas salas , uma delas o antigo atelier do artista, com coleções e
obras suas e também desenhos de Goya e uma escultura de Rodin.
Contrariamente
à espanhola que saía do museu-casa irritada pela insignificância da coleção, (“não
há nada para ver”, disse), a mim agradou-me a simplicidade e o ar familiar do
espaço. Cá fora um jardinzito… deixei-me seduzir pela pacatez e pelas teias de
aranha artísticas.
Depois da visita ao museu restava um mergulho nas águas
sempre surpreendentes do Cantábrico. O sol às vezes abre e sorri.
(Disseram-nos que
chovia sempre ao fim de semana no país basco, e o sol abriu…. Claro, ainda só
era quinta-feira…. Os bascos é que sabem!)
3 comentários:
Olá Companheira Paula:
Gostei bastante da sua descrição, bem como da anterior.
Curiosa esta zona por onde nunca andei.
É uma chamada de atenção para uma próxima vez.
Saudações autocaravanistas,
Maria Melo
E é uma pena, porque para chegarmos a FRança, passamos lá imensas vezes. Quando puder, aproveite.
Brevemente falarei de San Sebastian/ Donostia e Vitoria, duas cidades que adorámos!!!
E é uma pena, porque para chegarmos a FRança, passamos lá imensas vezes. Quando puder, aproveite.
Brevemente falarei de San Sebastian/ Donostia e Vitoria, duas cidades que adorámos!!!
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