domingo, 6 de janeiro de 2013

Zumaia, outro nome musical…




Menos de 50 km de estrada e, sempre acompanhados de um belo cenário, chega-se de Leketio a Zumaia.


Íamos na esteira do flysch costeiro, uma paisagem lunar presente em todos os guias e manuais turísticos, mas, mais do que o curioso fenómeno natural, Zumaia tem outros atrativos. E o maior de todos é o ambiente, o ar simples de veraneio, o mergulho de outros tempos saltado da ponte, aqui vou eu, como se nem houvesse praias por perto.




Mentira, Zumaia tem, pelo menos, duas belas praias. A de Zumaia, onde se exibe o vaidoso flysch. Parámos para umas fotos e, no meio do nevoeiro, fomos vendo chegar, da esplanada, os veraneantes locais. A rua até à praia parece uma rua de cidade, com o seu túnel e uma vereda de olmos, como se fossemos a ver as montras e, de repente, zás, está-se na praia imensa. Do outro lado da dita rua, a povoação. Uma ampla avenida a olhar o rio, aliás , dois rios, o Ur e o Narrondo; vivendas simpáticas e, frente ao cais, um simpático passeio fluvial.



o flysch!!!



Ao longo do caminho para peões e ciclistas uma zona para AC (N  43º 17’ 37’’  W 2º 15’ 1’’)   . Primeiro estranha-se (no meio da zona fabril), mas , com a subida da maré e o verde ali ao lado, entranha-se. Com água, área de despejos e grátis.  O caminho até à vila faz-se bem a pé ou de bicicleta .

(caminho até à zona AC)


De bicicleta até à praia mais próxima (Santiago) foi uma bela opção. Esta, sem rochas e sem flytches, é uma enorme extensão de areia, com umas belas ondas para os amantes de surf.
Antes da praia uma paragem obrigatória: o pequeno museu do pintor Ignacio Zuloage, um basco que viveu em Paris, contemporâneo de Lautrec, Degas e Rodin. A casa corresponde a uma capela tradicional basca votada ao mar e à pesca, e duas salas , uma delas o antigo atelier do artista, com coleções e obras suas e também desenhos de Goya e uma escultura de Rodin.





Contrariamente à espanhola que saía do museu-casa irritada pela insignificância da coleção, (“não há nada para ver”, disse), a mim agradou-me a simplicidade e o ar familiar do espaço. Cá fora um jardinzito… deixei-me seduzir pela pacatez e pelas teias de aranha artísticas.





Depois da visita ao museu restava um mergulho nas águas sempre surpreendentes do Cantábrico. O sol às vezes abre e sorri.
(Disseram-nos  que chovia sempre ao fim de semana no país basco, e o sol abriu…. Claro, ainda só era quinta-feira…. Os bascos é que sabem!)



3 comentários:

Maria Melo disse...

Olá Companheira Paula:
Gostei bastante da sua descrição, bem como da anterior.
Curiosa esta zona por onde nunca andei.
É uma chamada de atenção para uma próxima vez.
Saudações autocaravanistas,
Maria Melo

Paula Vidigal disse...

E é uma pena, porque para chegarmos a FRança, passamos lá imensas vezes. Quando puder, aproveite.
Brevemente falarei de San Sebastian/ Donostia e Vitoria, duas cidades que adorámos!!!

Paula Vidigal disse...

E é uma pena, porque para chegarmos a FRança, passamos lá imensas vezes. Quando puder, aproveite.
Brevemente falarei de San Sebastian/ Donostia e Vitoria, duas cidades que adorámos!!!