Uma boa maneira de terminar o
ano, ou porque estava frio e era natal (ou porque era natal e estava frio), foi
pisar caminhos e trilhos de outrora, entre pedras e pedrinhas, com o som dos
riachos, entre o cheiro dos sargaços e o doce paladar dos medronhos.
A placa que a homenageia reza ”
Esta é uma aldeia que vive de esperança. Tem poucos habitantes (que) vieram
atraídos pelo som da água a correr na ribeira da Galega”, o que deve ser bem
verdade; mas, para mim, encantou-me a toponímia que lhe assenta como uma luva e
toda a ternura que dela emana. A ternura
do cenário envolvente, o caminho ternurento até à fonte com o nome que honra a
aldeia (por um caminho calcetado e uma espécie de lagoa apetitosa para
mergulhos de verão) e a ternura dos seus habitantes que, cada um por si e sem
apoios de espécie alguma (sobretudo financeiros), vão erguendo paredes,
desbravando terreno, cultivando as suas
hortinhas, semeando o belo e o artístico. Como nos testemunha o sr. “X”, jovem
aventureiro a morar na terra, neste momento já na construção da 3ª casa, a última
delas para turismo rural. Quem sabe se não esquecerei uns tempos a Casinha,
para me lançar por duas noites no sonho de pernoitar num teto e paredes de
xisto, ouvindo o som das águas formosas?
fonte
lagoa
pormenores
casa do sr. "X"
AL (alojamento local)
Não esquecer também o ar
natalício da aldeia, não só nos presépios encantados dos habitantes, mas ainda
no enquadramento da aldeia visto do lado da ponte. Não parece mesmo um presépio
de natal?
ponte
(para autocaravanistas: seguir as
coordenadas acima indicadas e estacionar aí – são as traseiras da aldeia, onde
há uma pequena rotunda boa para inversão de marcha e estacionamento. O passeio
na aldeia faz-se a pé, aliás, nem de outra forma poderia ser, o espaço é curto,
só mesmo pessoas, carrinhos de mão e burros puxados pela mão).
traseiras da aldeia
Consulte ainda: www.aldeiasdoxisto.pt
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