domingo, 11 de outubro de 2009

No reino da Dinamarca entre Vikings de tangas


Parte II – A aldeia
Viajar de comboio na Dinamarca no seio de um grupo de 41 pessoas, pode tornar-se uma tremenda aventura. Entre comprar bilhetes - uns adultos, outros meio bilhete, outros isentos; entre escolher a modalidade – individual, preço de grupo; entre pagar – com cartão , em “cash”; ganhámos logo ali um atraso de quase uma hora, inviabilizando, portanto, as boas intenções de partir no comboio das 14 p.m. Depois, já na linha de partida, confirmando qual era o comboio, porque ali ninguém anuncia em inglês, uma das funcionárias lembrou-nos, aos gritos, que não podíamos viajar sem reserva, como diabo um grupo tão grande comprou bilhete sem reserva, ainda por cima numa sexta à tarde? Sabíamos lá nós, tinham-nos vendido assim os bilhetes, ninguém nos explicou para que eram as reservas, nem tão pouco as mencionaram.
Já dentro do comboio, munidos do famoso bilhete, quase trinta euros por adulto, percebemos a que se referiam as reservas. Se pensávamos que podíamos ir em qualquer carruagem era mentira. Uma era a do silêncio, obviamente que não para pelintras que haviam pago 30 € (só???!!) por duas horas e meia de viagem. Na outra, a classe “normal”, se por acaso sonhávamos com o merecido descanso até ao destino, sentadinhos, depressa percebemos o significado da reserva. De cada vez que algum de nós se sentava, surgia o dono do assento, argumentando que aquele era o seu lugar. Não houve outro remédio se não sentar no chão, nas malas ou ir em pé. E foi praticamente assim até Odense, onde mudámos de linha rumo ao destino: Tommerup.
No meio do silêncio do verde, quase às 17.30, o céu já entrava no limiar do anoitecer. Felizmente aguardava-nos um dane da Organização, com um atrelado onde pudemos colocar a bagagem. Até ao sítio da pernoita ainda era bem 1Km.
As crianças instaladas na escola, os pais nas camaratas do centro desportivo – seriam assim as próximas duas noites - estava tudo a postos para o 1º jogo, entre os nossos do escalão U12 e uma equipa da Dinamarca. Mesmo cansados e vindos de longe, batemo-los em ambos os escalões. A noite estava ganha, felizmente que o jantar nos aguardava no refeitório da escola, um excelente pão dinamarquês e uma apetitosa lasanha.

"escola-dormitório"


bancos (pormenor de arrumação que pode fazer toda a diferença...)

arrumos da pré



hall de entrada da escola


cadeiras (pormenor de arrumação e limpeza)

Entre jogos, verde, chuva e um tímido sol, percorremos quase todas as ruas de Tommerup. O que fazem os danes? Onde se enfiam , que mal os vimos? Vimo-los, é certo, na piscina a assistir aos jogos, no fitness, pedalando manhãs e tardes inteiras, ou nos 2 campos de jogos de que dispõem. Fora isso, pressentíamo-los dentro das suas impecáveis vivendas, saboreando refeições e relaxando amenamente.



janela , pormenor


tecto

a casa mais rústica da aldeia


muitas macieiras há por ali...




e flores e cor

e mais flores...

A aldeia, 7.816 habitantes (dados de 2005), é uma estância de vivendas alinhadas ordeiramente, com relvados e jardins de invejar, em ruas asfaltadas de modo “Disney”, tudo tão certinho e limpinho, que julgávamos estar em qualquer reino da lego.
Como comércio, o essencial: 2 supermercados, uma farmácia, 2 boutiques, 2 lojas de roupa usada (uma delas da Cruz Vermelha), um quiosque, 2 take-aways (não fora as refeições encomendadas junto da organização, ainda estou para ver como e o que os pais comeriam…), uma ourivesaria, uma padaria/pastelaria, duas imobiliárias.






E depois a escola (da pré ao 9º ano) e o complexo desportivo (com piscina, fitness, campo de futebol e pavilhão para andebol, basquetebol…).




a escola (fachada mais antiga, hoje correspondente ao 1º ciclo)



o complexo desportivo


Segundo os adolescentes portugueses e os que lá vivem – “uma pasmaceira”. A alguns dos adultos, os amantes de sossego e de verde, pareceu “o paraíso”.
É claro que preferia ter tido tempo para Estar ali e ver mais campos, cidades, verdes....











Arus, por exemplo, no topo da Jutlândia, apenas a hora e meia dali; ou Helsingor, no topo da Zeeland, a uma hora de Copenhaga… Dinamarca é um país pequeno, mas não para quem tinha apenas 4 dias e meio, uma claque para apoiar e… em suma, para quem estava numa outra odisseia.



a odisseia era dentro de água... com Vikings de tanga

No final de domingo, a recompensa falou bem alto: dois primeiros lugares em ambos os escalões e os rostos de felicidade das nossas crianças, dos nossos filhos. Viva Portugal! Viva o Aminata!
http://www.tskfyn.dk




vitória escalão U12



vitória escalão U16


claque

1 comentário:

VagaMundos disse...

Isso é que foi elevar bem alto a bandeira portuguesa! Parabéns aos campeões. Da proxima vez que cá vierem têm de vir com tempo pois sentimos que vos soube a pouco.
Bjs