Parte III – Dentro de um vidro embaciado em Odense
De Tommerup a Odense (a 3ª maior cidade da Dinamarca) são uns meros 20 e poucos Kms, com a facilidade de o percurso poder ser feito de comboio ou de autocarro.
De bibicleta também seria uma possibilidade...
Odense é uma atracção turística por ser o berço natal de Hans Christian Andersen, figura incontornável da literatura, da toponímia e do imaginário dinamarquês que transvazou terra e mares.
Porém, se o que se deseja é visitar a casa-museu do poeta e criador de contos, o melhor é sair cedo porque as portas fecham às 16.00. É claro que com um calendário repleto de jogos, estar a horas não pôde ser o nosso forte. Talvez o fosse se o tempo estivesse mais convidativo, mas naquele sábado de Outubro, o jovem dia 3 acordou outonal e chuvoso por aquelas terras escandinavas.
Museu fechado, guarda-chuva aberto
O passeio ficou assim confinado a uma “visita de médico”. As ruas passaram a correr ante os olhos nublados destes viajantes que misturaram as cores do bairro de Hans C. Andersen com as sombras da chuva e de um vento irritante. O quase invernoso vento ameaçava ainda virar folhas e guarda-chuvas. Nas ruas quase desertas, alguns afoitos turistas como nós, e imóveis no tempo, os motivos alusivos a Hans, o herói da cidade: placas das casas onde viveu, nasceu, personagens dos seus contos, e até o seu olhar húmido e sonhador a contemplar a Radhus e os alentejanos ensopados. Não estranhou, mesmo descalço conhece certamente - e bem - a chuva do clima do Norte. Nós queixámo-nos mais.
o soldadinho de chumbo bem nos chamou...
Radhus
Nem uma lembrança, os danes fecham portas sábado à tarde???!!!
Bairro de Hans C. Andersen
Mesmo com chuva, as flores sorriam...
Mas dentro de casa há sempre alguém que pode espreitar (reparem no espelho duplo entre a 1º e 2º vidraças)
A visita foi tão breve que ficou a sensação a pouco, a vertigem de ver tudo e nada dentro de um frasco opaco e embaciado.
Não há que saber, Odense fica na lista para outras viagens, com tempo, com sol, com casinhas de rodas.
Hans Christian Andersen que continue a sonhar na praça, nós por aqui também…
Símbolo comemorativo do escritor, em 2005
frente à gare de comboios
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