segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Algarve: alguns pontos de interesse


O Algarve nunca foi a nossa paixão, mesmo assim, desde 2002 que, de vez em quando, nos decidimos a explorar o seu principal foco de interesse: o sol. Ao todo uma meia dúzia de vezes. Dessa meia dúzia conseguimos, no entanto, descobrir paragens que desconhecíamos, algumas afinal bem interessantes, o que se calhar só veio confirmar que não conhecíamos de todo este território nacional.
A primeira exploração foi por volta de um dia de Todos-os-Santos, precisamente em 2002. Ainda muito verdes nesta coisa da pernoita “selvagem” começámos por ser muito “certinhos”, procurando sempre campings. O de Albufeira foi o primeiro, um camping caro (o mais caro do país), mas ainda assim uma boa estadia dado que estávamos bem longe das confusões de Verão.
Desse fim-de-semana descobrimos Ferragudo que, num sábado de manhã de S. Martinho, exibia a praça principal cheia de sol e luz e um grupo de capoeira que lhe dava umas pintalgadas de alegria e ritmos bem coloridos.

(Ferragudo)
Pela primeira vez algarvia dormimos no exterior, ao lado do castelo da povoação. Noutras ocasiões percebemos que mesmo à entrada da vila, no centro da “ilha”, todo esse terreno era muito concorrido por AC. Várias vezes lá pernoitámos - uma delas para conhecermos um alemão que nos falou da Praia da Marinha, à qual passámos a ir várias vezes depois dessa dica - mas talvez a última tenha sido na Páscoa de 2008, já que o local virá a albergar um novo empreendimento (Resort&SPA).
Também para não esquecer foi o percurso pela serra de Monchique, num Algarve mais profundo, onde almoçámos num restaurante alemão (“Beerhouse”) embrenhado na mata e onde ainda lanchámos um magusto popular numa pequena localidade de nome Alferce.

(As fases das castanhas)
Ainda na 1ª viagem, ficou na memória aquele passeio de bicicleta pelo Parque Natural da Ria Formosa (Olhão), rente à ria… e , claro, a Fuzeta, que bisámos depois disso. O lugarejo é castiço e muito mais naquele dia, porque se realizava uma Feira de Antiguidades bem grandinha.
Quase dois anos depois, no Carnaval, regressámos ao ponto final da 1ª viagem, em Fuzeta, onde dormimos no cais apesar dos sinais de proibição. Quando acordámos no outro dia, estávamos dentro da Feira de Antiguidades, como se também fossemos vender alguma coisa. Não tínhamos reparado na sinalização e assim foi como se, de facto, continuássemos o capítulo que tínhamos deixado em aberto quase dois anos antes.




(Fuzeta, animação na feira de Antiguidades)

Fuzeta tem ainda o atractivo da sua ilha, à qual se pode chegar numa pequena travessia de barco. Nem que seja só para pisar o outro lado e ver as casinhas – muitas delas transformadas em casa de férias – ao longo da língua de areia…é um bom lugar para fantasiar.
Foi em 2004 que descobrimos um dos locais mais concorridos por AC: o parque de estacionamento ao lado da passagem para a Praia do Barril, em Pedras D’el Rei. Nesse dia estavam dezenas delas, noutras ocasiões encontrámos menos e apenas estrangeiros.
(Pedras d' El Rei)


(praia do Barril com frio e vento)

Noutras ocasiões experimentámos uma ruela de Cabanas e Tavira, ao lado do Pingo Doce.
Afeiçoámo-nos depois da 2ª viagem à pequena aldeia piscatória de Santa Lúzia, pela paisagem natural e pouco turística e pelos petiscos, como os caracóis acompanhados de uma imperial, na Primavera.

(Santa Lúzia, depois da tempestade a bonança...)

É claro que Tavira também é um bom sítio, quer para ficar, quer para passear e estar.
Para mostrar que não nos tínhamos esquecido da sugestão do alemão fomos de Ferragudo até Porches, pela costa. E lá encontrámos a tal praia – Santa Marinha. Há, de facto, um recanto entre as árvores, na terra batida, onde normalmente uma meia dúzia de AC estrangeiras faz férias prolongadas. Só tem um defeito: não há água, nem W.C.




(Santa Marinha e os piratas...)

Voltámos a ir lá mais duas ou três vezes são para passar algumas horas, com os depósitos limpos e “aviados”. Ao longo das falésias o passeio a pé pode ir até Porches por entre uma paisagem sublime. A praiazita de Santa Marinha também é fabulosa (na Primavera e Outono, no Verão suspeito que seja menos idílica).
Do lado oposto e de contornos completamente diferentes temos Lagos. Para quem busca um pouco mais de agitação e uma paisagem natural aliada a uma cidade com História, Lagos é um ponto de partida e chegada. A pernoita faz-se facilmente no parque de estacionamento frente ao Marina Hotel.



(Lagos, festa de pescadores)


Mais recentemente, experimentámos Manta Rota. Frente à praia um novo parque de estacionamento (W.C. do bar).


(Manta Rota)

Portimão recebe também AC, embora registe o sinal de proibição. Muitos portugueses. Dali a Vila Real é um pulo. Foi o que fizemos para ver o moto-crossing no Guadiana.


Tanbém não é má ideia, em Pêra, ver as construções na areia. Anualmente.



NOTA: Como dá para perceber, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, já que nenhum destes passeios ocorreu no Verão.

Sem comentários: