quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Dias 1 a 5

Verão 2008: Inglaterra e Bretanha
De 22 de Julho a 16 de Agosto
Total Dias: 25


1º dia: como já vem sendo hábito, fizemos quase uma directa até à fronteira francesa, para depois estacionarmos e dormirmos descansados em Bidart (N43.43780o W001. 58730o ). Às 20.30h já lá estávamos e, como sempre, o parque de estacionamento estava cheio, até porque havia um espectáculo de pelota basca no recinto de festas. Pode-se sempre jogar uma partidinha de mini-golf, mas chegámos lá depois das 23.00 e já não deixavam entrar.
2º dia: Estrada, estrada, estrada… desde as 11.00, para pararmos por volta das 18.30 em Chinon. Ville fleurie, como lhe apelidam os franceses no roteiro Michelin (já não muito recente). É uma vila pacata, à beira-rio, com um castelo medieval.
(Vista do soberba do elevador: os telhados de ardósia).
Dois parques de estacionamento onde havia auto-caravanas (AC): um perto do castelo, o outro na Place Joanne d’Arcê. Estacionámos no primeiro e pernoitámos no segundo, já que era à beira-rio e a paisagem era mais serena.
Overnight: Place Joanne d’Arc (W.C., water, eau)
(No centro da vila algumas casas revestidas a madeira, já a evocar Inglaterra).
Ao que parece, foi em Chinon que Joanne d’Arc convenceu o delfim Carlos a deixá-la comandar um exército contra os ingleses, que então ocupavam a França.
3º dia: Afinal acordámos dentro do mercado de Chinon: mercado de roupa, sabonetes, cebolas, flores, sapatos… de tudo (felizmente a ASAE ainda não chegou a França…).
Viagem longa até à fronteira (Calais). No cais de embarque há um longo parque de estacionamento (estava cheio de AC). Comprámos bilhete para o dia seguinte e decidimos descansar. (O preço do bilhete oscila dependendo da hora e, atenção, as diferenças são bem grandes).
4º dia: Optando pela partida às 6:15 poupámos mais de 30€ (AC, 2 adultos, um jovem de 15 e uma criança de 9, pagámos 79€).
Acabou por ser divertido acordar cedo e logo cedo sermos revistados por dois polícias ingleses que queriam ver “the other two”. Esses dois estavam ainda em pijama, olhando estremunhados a “cena” bizarra que quase os acordava. O cruzeiro na P&O revelou-se inédito: era a nossa 1ª vez e tudo nos parecia outro mundo, incluindo os teenagers ingleses que falavam inglês numa velocidade de 33 rotações...
(Foto com o telemóvel, porque com a excitação até nos esquecemos da máquina na AC.
Ao fundo Inglaterra!!! Um monte branco de pedras, visão inesquecível!!!)
Pé na estrada (atenção! Do lado esquerdo!!!) até Canterbury, o um dos poucos locais ingleses onde há um parque de estacionamento que recebe AC. É um Play&Display: paga-se 2,50£, estaciona-se e vai-se até ao centro da vila num bus.
Nós fomos de bicicleta, mas o percurso de regresso não era propriamente como na Holanda…
Canterbury ( dos Canterbury Tales) é uma cidade simpática, antiga, de estilo medieval e vitoriano. Como tudo em Inglaterra, é preciso ter dinheiro para ver. A Catedral é um desses locais e, para início de festas, limitámo-nos a ver de fora e a espreitar.
(Catedral)
A cidade é ainda atravessada por um rio e, à semelhança de Veneza, tudo é pretexto para um passeio de barco.

Entre algumas indecisões, acabámos por decidir ir ainda para sul. O alvo era Brighton, mas o caminho foi mais longe do que tínhamos previsto, sobretudo porque as estradas mais rurais levam tempo…
Em Brighton seguimos as indicações dos sites consultados: (http://www.ukmotorhomes.net/ukaires.shtml e http://rutgerbooy.nl/Wildcamping_page_1.htm), mas sem coordenadas foi difícil encontrar o sítio onde eventualmente estariam AC. Brighton é uma cidade balnear, repleta de grandes mansões e hotéis, largas marginais pouco amigas de AC.
O sítio era uma ínfima rua mesmo em cima da praia Brighton&Hove, frente ao parking Alfred, interdito a Ac devido a uma barra de altura.
Na rua estavam 2 ou 3 carrinhas e disseram-nos que era seguro; a polícia passou e nada disse. OK.
A praia, de cascalho, as longas filas de barracas coloridas, os pic-nics na praia ao luar com barbecues portáteis… tudo respirava um outro ar, como se estivéssemos de repente em Reviver o Passado em Brideshead, ou seria A Mulher do Tenente Francês?

(ao longo da praia)

Brighton começou a fazer parte dos roteiros balneares a partir do momento em que um médico do séc. XVIII se lembrou de aconselhar água do mar para uma série de maleitas. Com a construção de casas estilo regência ou jorgiano, aquilo que era uma simples aldeia piscatória, tornou-se o espaço da elite e o local balnear da moda.
5º dia: Partimos do lado oeste e fomos estacionar do lado este, ao lado das mansões (com ticket, claro!). A cidade é de facto fantástica.
Pontos de visita obrigatórios: o Brighton Pier (local de diversão, com máquinas de moedas – até as crianças jogavam - carrosséis, cartomantes, chaisses-longues de aluguer para apanhar sol...










a oriental mandada construir pelo príncipe regente (futuro rei George IV), que funcionava como sede da sua intensa vida social.
Agora, as pessoas (de todos os cantos do mundo; de todas as idades; de todos os géneros) deitam-se na relva, sentam-se nas cadeiras de lona às riscas, conversam, fazem um pic-nic ligeiro (como nós que almoçámos fatias de pizza). E apetece sempre ficar mais um pouco…


Umas ruas mais acima, o ambiente é outro: feiras da ladra em ruas estreitas e coloridas, lojas de artesanato completamente diferentes do usual, gente jovem, um novo mundo...
The Lanes é a continuação de lojas interessantes (mas mais caras) e de um colorido alegre e contagiante.
À tarde procurámos estacionar em Madeira Drive (uma espécie de passeio marítimo), mas havia poucos lugares e uma caça à multa voraz. Percorremos um pouco da costa (muito difícil estacionar) e decidimo-nos por Lewes, uma pequena cidade, simpática e acolhedora. Fizemos um belo passeio à beira-rio, a pé.
Noite segura e silenciosa, sozinhos num parking, nas traseiras da igreja.


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