Dia 16
Dia de conhecer um novo país do
nosso cardápio. Ali fechados, o camping
era apenas mais um camping, podia ser
em qualquer país do mundo (desde que arborizado e verde, claro), ainda por cima
onde a língua comum ora era o italiano ora o inglês. Ao que parece os eslovenos
dominam bem as duas e ainda o alemão, a fronteira com a Áustria não está assim
tão longe…
Era portanto hora de sair dali e
ter impressões mais concretas. Dia, portanto, de conhecer Liubliana, a capital da Eslovénia,
a 5 km do camping mas sempre numa reta, o que nos fez levar 3 bicicletas. O
quarto elemento teve que ir de autocarro (mal de quem chega tarde e de avião)…
Perto e bom caminho, como aqui se
diz, ou sempre em frente, chegámos ao centro da antiga cidade romana de Emona ainda
de manhã, uma manhã calma de domingo. Ou será que a cidade é sempre assim
calma? Agradou-nos o ambiente.
O castelo ao cimo...
A parte nova da cidade é separada
da antiga pelo rio Ljubljanica e na
Preseren TRG (a praça central, o ponto de encontro da cidade) entre uma parte e
outra , a cidade envolvente e pequena começa logo por nos cativar. Depois, é só
atravessar-se a ponte tripartida (Ponte Tripla) e logo aí esperava-nos um
pequeno mercado de artesanato.
Ponte Tripla
Até à Catedral barroca de S.
Nicolau é um passinho. Havia missa, não quisemos perturbar, uma breve
espreitadela. Admira-se a porta e já é arte de peso: é de bronze e conta a história do cristianismo na
Eslovénia.
Rua afora até à fonte de Robba com os seus 3
titãs (cada um representando um rio esloveno) estamos logo frente à Câmara e ao
lado de muitos palácios e hotéis onde o barroco impera, num estilo simples,
claro, linear, elegante.
Fonte dos 3 titãs ou rios
Catedral a espreitar por entre os telhados
A grande
atração da parte velha é o Castelo medieval , no topo do monte coração da cidade. Chega-se lá por meio de
um funicular ou num comboizito. Transporte grátis só o Kavalir que apenas roda
pela parte velha.
Castelo no meio do arvoredo
Ficámo-nos pela parte baixa,
visitando o ambiente domingueiro e os mercaditos e esplanadas que iam surgindo
à beira rio.
Passando o mercado central e a ponte com os testemunhos amorosos tão à moda europeia, chega-se à Ponte do Dragão, símbolo da cidade.
Da antiga cidade comunista nada
vislumbrámos, tudo lembrava uma cidade convertida ao modo europeu, jovem e moderna.
Típica gastronomia local, o milho
assado; tal como em Portugal as castanhas assadas, a diferença é que não era
outono. Era agosto e a temperatura era bem agradável.
Para acordar, regresso ao centro
para uma cerveja eslovena, num bar mexicano, com um empregado de mesa que
insistia em falar espanhol connosco !!!! Para o poder de compra do português, a vida na Eslovénia pode fazer-se
de um modo bem equilibrado…
Visto apenas este cantinho, todos
concordámos que Eslovénia é um belo país: com uma capital pequena mas
diversificada, moderna e animada. Ao longo das estradas pareceu-nos um país em
franco crescimento e desenvolvimento, com um bom parque automóvel, e uma paisagem
e arquitetura lindíssima, a roçar a vizinha Áustria. Um destino a explorar com
calma noutra ocasião, por ora seria termo de passagem para Croácia, não
podíamos saltar o objetivo embora apetecesse.
Pena a exorbitância paga no do
parque de campismo. 111 €, duas noites, 4 pessoas (N 46º 05.952 E 14º 31.094)
Ainda assim fez jus ao prémio de
simpatia que lhe foi atribuído no ano anterior: já em casa, em Setembro, enviei
um email a solicitar o autocolante,
porque me esqueci de o trazer, e logo na hora enviaram-nos vários.....
Ah! E não esquecer , a propósito deste país, as particularidades linguísticas, difíceis de ler e pronunciar, é certo...