8 de agosto
Hoje, Trogir. Uma cidade encantada,
branca de luz, paredes e chão, classificada Património Mundial, pela Unesco.
Deitada numa ilha, rodeada de uma
forte muralha e vários cais, foi e continua a ser um importante porto, onde os
barcos e iates se refletem vaidosos nas águas limpidamente azuis.
Lá dentro da muralha, as paredes
emanam história . Muita influência grega, romana, italiana (mais concretamente
veneziana) e francesa; muitos palácios a
lembrar Veneza, muitas igrejas de colunatas e arcos, graniticamente erguidas,
vestidas de branco. Ruas e ruelas com mistérios a desbravar.
No outro lado, na ilha ao lado,
basta atravessar uma ponte, um simpático mercado de legumes e frutas e outro só de peixe.
Tanta beleza tem os seus custos:
muitos turistas e alguma dificuldade em estacionar e… sempre umas moedas para
pagar o estacionamento, muitas vezes nada barato.
Depois de Trogir , e quando a
oferta é muita às vezes toma-se a decisão errada, sendo esse o caso, não parámos
logo a seguir para um mergulho no mar e fizemos asneira. Convencidos que mais à
frente outras praias haveria, acabámos por nos ver envolvidos pela malha
industrial de Split.
Parar em Split também não é tarefa
nada fácil. Afinal trata-se da segunda maior cidade do país, mas o seu centro é
visita numas horitas.
O GPS continuava a pairar e
passámos ao lado do estacionamento, cuja indicação havíamos anotado como espaço
para AC, sem o ver. Parámos longe do centro, num parque de estacionamento
misto, caro (9 €).
Mais uma vez o peso da influência
romana, também a bizantina e ainda a egípcia, no palácio diocleciano, por
exemplo, um monumento ímpar e distinto. As suas catacumbas, agora ocupadas por
um imenso centro comercial de artesanato, são também outro ex-libris da cidade, diferente e inusitado.
As ruas são estreitas , quase becos
labirínticos onde apetece andar sem rumo e perdermo-nos…
Acabámos por encontrar uma
excursão de portugueses, com guia e visita guiada. Fomos, qual lapas, ouvindo as
explicações. Ficámos a saber que as casas mais antigas, no centro de Split,
continuam a ser habitadas por os mesmos inquilinos de outras eras, porque a exemplo
de Tito e desde o seu regime, qualquer pessoa pode morar numa cada alugada até
morrer, estando o seu proprietário proibido de os desalojar.
Cá fora , ao sol, outro largo e
esplêndido passeio marítimo, onde barcos e azul constituem um panorama genial.
A praia, essa, estava cheia de pontinhos coloridos a saborear o caldo da água, mas a um cantinho ainda cabíamos...
A noite na Croácia ( uma hora a
mais que em Portugal) desce mais depressa. Se queríamos um autocamp o melhor era partir cedo. A suspeita realizou-se, todos os
autocamps até Omir estavam cheios , foi
por isso um fim de tarde complicado até conseguirmos um lugar sem direito a
praia, porque já estava escuro e havia ainda que cozinhar.
No dia seguinte a praia ao lado
era assim…