5 de agosto
Se Triberg, pela calada da noite, parecia deserta, o mesmo
não sucedia de manhã. Dir-se-ia termos acordado noutro local.
Que arrumação fantástica. Também quero para a minha casa...
Ali, em pleno
parque de autocarros, começa cedo o desembarque de passageiros para a maior
atração da vila: as sete cascatas ou “Wasserfall”, consideradas as maiores
cascatas da Alemanha.
O bilhete familiar compra-se à entrada e lá dentro
percorrem-se trilhos diferentes, sempre à volta, mais perto ou mais afastados, da
queda do rio Gutach, que vai caindo ao
longo de 160 metros, pela encosta, até à
vila.
Um som agradável no meio do denso verde que começou fresco no início da
manhã e foi aquecendo ao longo da mesma. Volta e meia um esquilo, mais árvores
, muitas, e lá ao longe o som dos mergulhos e gritos entusiastas de crianças
que se banhavam na piscina municipal.
À saída de Triberg demos de caras com “o maior relógio de
cuco do mundo”, com mais de 150 metros de altura e com um cuco consideravelmente grande que
tivemos o azar de perder nas doze badaladas, para às 13 horas o vermos pôr a cabecinha de
fora por uma única vez!!!
Com o calor já a apertar, em boa hora chegámos à mais bonita
das vilas da Floresta Negra; Schiltach, uma localidade de 4100 habitantes, onde
há 2000 anos atrás os romanos também chegaram deixando o testemunho de uma
ponte. Na vila confluem dois rios, o Schiltach e o Kinzig.
Possui um espaço para AC (
N 48 ° 17'27 ", E 8 ° 20'38"
) , um parque misto com um sistema precário de luz e água, tudo grátis, mas com
cenário envolvente fabuloso: relva, rio e casinhas tradicionais a mirarem o
rio.
Banho das crianças locais ao fim do dia
A Rasthaus e Turismo
situam-se na Praça do Mercado, o coração da vila, um largo triangular e inclinado
de onde as vistas são encantadoras, o mais caraterístico mesmo é a arquitetura
e a pintura do edifício.
A zona mais
baixa da vila é atravessada pelo rio onde a água saltita por entre pedras e por
onde a nossa cadelita, mais uma vez, se deliciou. Bem levámos os fatos de
banho, mas a altura do rio dava pelos tornozelos e ela foi a única a gritar de
alegria e de prazer revigorado pelo fresco, num dia que se tornou novamente abrasador.
Fustigados pelo calor, digestão feita, não aguentámos mais e procurámos a piscina municipal. Sua
excelência canina ficaria fechada pela primeira vez, sozinha, na AC.
A piscina municipal (8€ bilhete familiar) , com uma vista de
360 º pelo verde de uma Floresta que é tudo menos negra, é um daqueles locais
que fica na memória para sempre. Agora, se quero um momento zen, fecho os olhos e relembro aquelas
horitas, na minha cabeça está mais ao menos isto:
À noite, um giro pela vila já com outra vontade, para
descobrir a zona dos tanoeiros. A indústria dos tanoeiros sempre foi tradição
desta vila e ainda continua a sê-lo. Ao lado corre o rio (qual dos dois?), faz
uma curva e alegra um cantinho de um bairro deliciosamente pacato. Aliás, às
nove da noite onde estavam as pessoas?
Fizemos as pazes com a Alemanha.
2 comentários:
Excelente cronica, excelente sugestão e pistas para uma próxima deslocação de AC a Alemanha!
Obrigado.
Obrigada, fico muito contente quando lêem as minhas crónicas, que escrevo com o maior dos prazeres e espero que sejam úteis a alguém do "ramo " ou outros.
viajantedecasascostas
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