Dois últimos dias de férias 2014
A viagem chegava ao fim, mas as tempestades (literais e
outras) ameaçavam no ar…
Depois da terna Collioure (França), chegava o momento de atravessar
Espanha , a etapa sempre mais desgastante…
Primeiro a trovoada noturna. Depois a dificuldade
surrealista de conseguir sair de França e passar para o outro lado da
fronteira: duas horas numa fila inexplicável até solo espanhol. Chegados a
Espanha e sem suspeitarmos de que a 2ª “tempestade” já havia sucedido, planeámos ficar em
Barceloneta a conselho de uns portugueses . Plano gorado, se o sítio era ali à
beira da estrada nem pensar, com a fama de assaltos da capital catalã,
desistimos da ideia. Acabou por ser um dia de estrada para ficarmos a dormir na
autoestrada, estação de Hospitalet.
Depois de uma noite mal dormida com a gravação do som dos
camiões no cérebro, veio a 3ª “tempestade”: rebentamento de pneu na A3 ,
Valência – Madrid. Completamente desfeito numa estrada de três faixas supermovimentada
e inclinada.
Lá veio o gajinho do serviço de “carreteras” com o charuto cubano
ao canto da boca, qual Fidel Castro, que nos salvou do enredo com o seu potente
macaco. Duas horas de luta escaldante, impensável chegar a Portugal nesse dia.
Decidimos pernoitar na aldeia de Luciana ( a 1ª paragem da ida), ao lado da
piscina municipal (N 38 58´58,1’’ W 04º
17’ 32,5’’ ).
O dia seguinte seria a chegada a Portugal, mas a 523 km de terras lusas a polícia mandou-nos
parar – 4ª “tempestade” - 50 € de multa porque excedemos a velocidade… em dez
quilómetros !!!
Perguntam vocês : e a
2ª “tempestade” ? Pois bem, alguns meses depois, no inverno, eis que chega pelo
correio uma missiva de teor castelhano , datada de 20 de agosto, que delicadamente nos
fazia desconto numa multa, convidando-nos a pagar 50 € por excedermos a
velocidade em 12 kms , perto de Barcelona! Vejam lá se não há vantagens em
pertencermos à CEE?
Quantas tempestades? Eu bem dizia, "um mal nunca vem só".
Epílogo:
Vou começar a preparar-me para a viagem de 2015. Desta vez a
“casinha” é outra e os passageiros aumentaram… Evitaremos certamente as
autovias e circularemos em autoestrada, de certeza que nelas, apesar de caras,
não pagaremos 100 € !...
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