12 de agosto
De Rothenburg à cidade tamanho XL são menos de 100
quilómetros… Peço desculpa , a cidade chama-se
Dinkelsbühl e a impressão XL
só veio depois da impressão “gótica”.
Assim que lá “aterrámos”, um mar de gente, de negro vestida,
deambulava pela cidade.
O calor era outra vez sufocante , daí que tudo parecesse
pairar na névoa do quente. Mas não era ilusão, em D. a maioria vestia de negro
apesar do calor e a impressão não errava: de facto, decorria na cidade um
festival de heavy metal de tal modo
que, muita gente gótica, sobretudo na faixa dos “enta”, invadia as ruas em hora
de pausa.
Para além dos “góticos” a catedral também o era.
Chama-se catedral
de S. Jorge e trata-se de um exemplar magnífico do estilo aqui tantas vezes
mencionado, frente à famosa e fotogénica Deutsches Haus, a antiga casa de
mercadores de estonteante beleza graças à sua fachada renascentista.
Depois é que veio a impressão XL. À volta desta vila medieval
tudo é grande: a comprida rua principal e sobretudo as fachadas de 3, 4 e mais
andares , com amplas portas e amplas janelas. Fica a impressão de que, ou as famílias
eram numerosas, ou não deviam nada à pequenez .
Possivelmente a habitação dos pombos...
Como tantas outras cidades desta rota, esta também revela uma
planta circular, cercada de muralhas medievais e quatro torres ainda intactas,
com uma rua central, a qual divide o “ovo” ao meio.
Depois de um gelado e de sermos servidos numa simpática esplanada
com empregados brasileiros, rumámos até ao ponto seguinte: Nordlingen.
Chegámos
tarde (ou seria que na Baviera alemã tudo fecha cedo?): a Rasthaus, o posto de turismo
e o ícone da idade, a grande igreja de S. Jorge , com a sua torre sineira “Daniel”
, de 90 metros de altura e 350 degraus já estavam fechados. A “Daniel” é o grande
ícone da cidade uma vez que do topo da torre os visitantes podem admirar a
famosa cratera do Ries, isto é, dali ver-se-ia, supostamente, se tivéssemos
subido as centenas de degraus, a extensão verde da planície, onde um meteorito
caiu há 15 milhões de anos. No impacto da queda, a pedra terá atingido uma
profundidade de 1000 metros e originado uma cratera de 12 Km de diâmetro !!!
A ASA ficava num sítio aparentemente agradável , cercada de verde
como tudo neste canto alemão, mas na prática, a meio da tarde, o local era
carregado de poluição sonora com a sua vizinha pista de Karting e ainda a linha
de caminho de ferro e os incessantes comboios. Já era tarde, ficámos. Afinal a
noite foi tranquila. Ao início da noite, mesmo a uns bons largos metros da
torre Daniel, ouvíamos o chamamento do guarda noturno, de hora a hora, gritando
“So, G’ sell, so! “ – “está tudo bem!”
Em Dinkelsbühl também usámos a área de serviço, gratuita e
com serviços, enquanto visitámos a cidade ( N 49º 03’ 51’’ W 10º 19’ 38’’).
Estava tudo bem !
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