Trilhar, verbo pouco sonante
segundo o meu canal auditivo, mas que aqui serve que nem uma luva. É mesmo fazer
um trilho!
Nestes tempos em que o rosto deve
andar oculto (não, não somos muçulmanos, e com isto não há segundas leituras,
não somos, ponto); em que devemos circular pela direita (também não sou de
direita, ponto, não que alguém tenha alguma coisa a ver com isso); em que
devemos manter distanciamento (tem de ser, não me apetecia, mas ponto), trilhar
é uma boa alternativa. Para além do óbvio: lutar contra o sedentarismo, etc e
tal, e o mais fascinante, caminhar e estar integrado na Natureza. Já agora, memorizá-la
fotografando-a.
Ei-la em várias tonalidades:
Tonalidade minhota:
Ponte da Barca, Minho
Partindo da agradável vila de
Ponte da Barca, seguindo o Lima e procurando a foz do Vez, passando por campos
de cultivo, labirintos assassinos de milho, regadios, curvas do rio, bar à
beira-rio , na direção de Ponte de Lima.
No intervalo, um banho no
esconderijo de quem é da terra e conhece os secretos dos patos.
Para terminar novamente na vila,
relaxar na relva frente ao Lima, debaixo da sombra e calor de agosto (até as ovelhas o sabem de cor), e
finalizar com novo mergulho na piscina fluvial. Bem, talvez aqui a qualidade da
água não seja a melhor e o isolamento e silêncio os mesmos. Afinal, tínhamos saído
do trilho.
À noite, um concerto (o nosso
primeiro no confinamento), com lugares marcados e distanciados, máscara e, ao
longe, vozes da terra, uma delas a imitar Leonard Cohen. Estranho… sufocante… “infelizmente,
“primeiro estranha-se , depois entranha-se” (falo da cara tapada, ponto).
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