Começou assim: em 1008, o
erigir de um castelo no promontório rochoso. Goscelinus deu-lhe o seu nome,
assim como ao burgo circundante.
Depois de destruições, reconstruções,
o castelo chegou às mãos da família Rohan. E após mais umas quantas guerras,
cair e erguer de pedras (o homem não resiste a esta dança e ainda tem a lata de
culpar a natureza), abandonos, ganhos e perdas, o castelo de Josselin voltou à
posse dos Rohan até aos dias de hoje. É por essa razão que apenas o rés-do-chão
é visitável, os restantes andares são aposentos da família.
O seu ar gótico e o verde onde
poisa valem a visita, já o mesmo não se pode dizer do seu interior. Apenas com
direito a sala de jantar, biblioteca, quarto e salão, estes aposentos não
justificam o bilhete de 11, 50€. Está certo que ainda se pode pisar a relva,
admirar o jardim inglês, que de inglês apenas tem as cadeiras de lona, e, já
que está incluída, a fausta coleção de brinquedos, sobretudo bonecas, adquirida
pela ala feminina da família Rohan.
Muito agradável é também o
passeio ao longo do rio, no qual se reflete, vaidoso, o castelo com as suas três torres imponentes.
O município dá as boas vindas
a todos os autocaravanistas com dois espaços possíveis para AC, um no centro da
vila (parque misto e grátis, tranquilo); o outro um espaço exclusivo para AC, à
beira-rio, entre o castelo e um trilho simpático, através do qual se chega a um
cenário ameno para pescadores e amantes da natureza (até uma ilha privada com
uma vivenda bretã a evocar longos invernos de lareiras acesas)…, e ainda com vista para as inspiradoras casas-barco.
Chovia suavemente, o que não é
surpresa em terras bretãs. Ali, num só dia, espreitam várias estações, naquele
momento o outono chegava apesar de ser apenas o 1º de agosto.
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