Depois de Nantes (esta ficará para o fim do circuito),
entrámos na Bretanha, para os locais “Breitz”, que é o mesmo que dizer “relaxa!
Vive tranquilamente! Aproveita!” . Não foi preciso dizer duas vezes...
Digam o que disserem, e o resto da França que se zangue
comigo, mas para mim Bretanha é um país onde falam francês.
Iniciámos a nossa viagem pela província de Morbihan, à conta
do golfo com o mesmo nome. Curiosa e poeticamente significa “pequeno mar”. Não
se esqueçam que a Bretanha tem sempre mar… também podia ser uma ilha, pois por
mais do que nos afastemos da costa (o máximo 60 kms), o mar está sempre
presente.
Fomos diretos ao tradicional e pacato, uma pequena vila, com
o sugestivo nome, porque ali não há mar, de Rochefort-sur-Terre. Situa-se a 38
km oeste de Vannes. Logo à entrada somos recebidos pela placa “Petite cité de caractére”
e com as indicações de estacionamento próprio para autocaravanas, um imenso
parque, pago, cuja quantia remete para a preservação e conservação da vila.
De facto, as ruas e
casas revelam caráter, assim como as lojas de artesanato e até os canteiros,
imagine-se: para além do colorido das flores , assomam ervas de cheiro e até
morangos!
As pedras do chão e dos prédios soam a tempos idos (continuam
solenemente erguidas casas dos séculos XVI e XVII), muitas com um perfil a
evocar aquela aldeia da Gália que soube , heroicamente, resistir aos romanos,
eternizada pela mão do célebre Uderzo.
Uma tão nobre vila tinha de ter obrigatoriamente o seu
castelo . Muito anterior ao século XVI, chega-se até ele através de um corredor misterioso de árvores e
revela , dentro das muralhas, um espaço aberto e tranquilo , apetecível para uns
banhos de paz. O castelo propriamente dito não se deixou abrir à curiosidade
dos olhares.
E, daqui para a frente, sempre e sempre, crepes e “gallettes”,
em língua portuguesa, doces e salgados. Para
estreia , nada mau!
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