quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Noruega, “Caminho para o Norte” I. 2022

 



“Caminho para o Norte”: um sonho adiado e realizado, em primeira instância seria realizado sobre as rodas da casinha, se tivéssemos muitos meses de férias, se a reforma fosse para breve, “se” e inúmeras condicionais; assim, acabou por se realizar num voo de apenas 8 horas ida e volta, “by plane, by bus” e por outros variados meios de locomoção, exceto autocaravana.



Apesar de não termos realizado o sonho, fomos vendo como outros o concretizavam. A Noruega é a rainha do autocaravanismo!

O percurso teve a forma de um olho, mais votado ao sul – este – oeste do que propriamente ao norte do território norueguês e contemplou a duração de sete dias.

Começou em Oslo aeroporto ( a extremidade do olho), para logo se percorrer a E6 - com 3.200 km de extensão e a módica quantia de 1.100 túneis, que leva ao norte  - com paragem em Lillehammer; no segundo dia, Lom- Pollfoss- Gheiranger e Loen; no 3º dia, glaciar de Briksdal, Shey, Flam (comboio até Myrdal) e vale de Stalheim; 4º dia, navegação pelo Fiorde dos Sonhos, Voss e Bergen ( a outra extremidade do olho) ; 5º dia Bergen, Hardangerfjord, cascata de Voring e Geilo; 6º e 7º dias – Oslo.

Liilehammer foi o primeiro contacto com terras escandinavas bem distantes e diferentes daquelas que a nossa visão e palato costumam contemplar e degustar. Foi apenas uma pequena introdução ao território dos imensos lagos e fiordes, às florestas de abetos e cultivos de maçãs, para chegar a uma pequena (Lille)  povoação, vizinha do lado Mjosa,  palco dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1994. 



O facho olímpico



 Pista de saltos

E foi pela pista de sky que iniciámos o périplo, imaginando o que seria um inverno de manto branco a cobrir montanhas e gente que desliza em vez de caminhar. A pequena cidade, outrora cidade mercantil de fábricas e cervejarias – aprendemos logo que a venda de álcool é proibida em supermercados, o referido comércio é realizado em lojas para o efeito, o chamado monopólio do vinho, casas  controladas pelo Estado -  é atualmente um centro  de desportos de inverno e de verão.


Antiga fábrica


Loja de vinhos






Rua comercial





Também ali tomámos imediatamente contacto com a 1ª estória da tradição norueguesa, para além das muitas lendas da mitologia escandinava, umas à roda de Trolls, outras inspiradas em guerreiros Vikings.

A de Lillehammer remonta aos séculos XII- XIII, e relaciona-se com a luta pelo pretendente à coroa norueguesa entre duas fações inimigas, uma delas, os Birkebein, defensores do herdeiro. Foi este bando que salvou o futuro rei , Haakon IV, fugindo com ele ao longo de um percurso perigoso de florestas  e montanhas,  de 52 km, no meio de uma tempestade de neve.




A tradição é ainda honrada com várias corridas, a “Birkebainer Run”, uma delas com uma mochila ao colo de 3,5 quilos, ao longo dos famosos 52 km.




Outras estórias e mitos nos foram acompanhando, os dias vindouros abordariam sempre o famoso Peer Gynt…e os famosos Trolls.

 


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