7 de agosto
Lamento informar mas não voltámos
a Strasbourg.
Atravessámos a fronteira (mesmo ali ao lado), chegámos à ASA de
Kehl ( N 48º 33´50´´ E 7º 48´50´´ ), fomos à estação de comboios, verificámos
que afinal os cães são permitidos em viagem, comprámos bilhete ida e volta para
Strasbourg e… não chegámos a ir. Trovoadas familiares que às vezes ocorrem nas
férias, fruto de muitos dias passados entre quatro pessoas de manhã à noite
numa casa de rodas, com menos de sete metros de comprimento.
A trovoada aumentou ainda mais
com o calor. Em Kehl o calor era tanto que crianças e adultos aproveitavam todo
o fresco possível. Os primeiros em todas as fontes , jatos de água e pequenos
lagos artificiais, os segundos sobretudo nas sombras verdes em fato de banho.
Isto no grande jardim da zona
ribeirinha. A Ária aproveitou e bem.
Curiosamente apenas o Reno separa
Strasbourg de Kehl, porém, qualquer semelhança entre as duas áreas ribeirinhas
é apenas ilusão ótica.
Do lado francês um verde baço e gasto, sem maiores
apelativos de relaxe e prazer. A própria ASA para AC , no Parc du Rhin e ao lado da Pousada da Juventude, tresandava
a esgoto e era mesmo algo inóspita. Por outro lado, no lado alemão tudo respirava
verde e limpeza. A Natureza é cuidada e as pessoas com ela cuidadosas.
Depois do almoço, mais uma vez
esgotados pelo calor, partimos. Não porque fosse imperioso , mas porque o ar
condicionado do cockpit voltava a ser
o nosso motor de arranque e única salvação. Arrancámos pois para Baden-Baden,
cidade termal e capital europeia dos banhos de verão, no século XIX.
As termas seriam eventualmente a
solução para os nossos problemas, melhor dizendo, o rio, imaginávamos nós. A
ASA tinha muita clientela ( N 48º 46´59´´
E 08º 12´15 ´´) , 12€, e longe do centro (4 km) . Lá estavam , mesmo sem
combinarmos, os espanhóis do dia anterior em Strasbourg. No Turismo explicaram-nos
erroneamente que podíamos ir a banhos no rio. Tomámos o bus (são permitidos animais desde que transportados ao colo), envergando
fato de banho e ala que se faz tarde!
Mas tudo não passou de uma
miragem. O fracote rio Oos dava-nos pelo tornozelo, mais uma vez, foi ela, a
felizarda de quatro patas, que se regozijou nas águas frescas. (Decididamente a
senhora do turismo confundiu pessoas e cães).
Tudo isto ao longo do rio, na conhecida Lichtentaler Allee, uma alameda e jardim gigante à moda inglesa, à beira do rio Oos, onde também Bismark ou a rainha Vitória se passearam. Ao longo da alameda muitos palácios e hotéis, imaginam-se muitas ladies inglesas nas suas vaporosas rendas e leques de seda, não se imagina é os 40º de calor alentejano que por ali se faziam sentir. Porém, nada de ladies inglesas, apenas quatro alentejanos deslocados do Alentejo natal , longe de tisnados pelo sol mas decididamente abrasados. Fora esses, dezenas e dezenas de árabes, as senhoras e algumas meninas cobertas de saias e burkas apesar dos calores, eles vestidos à europeia, tshirt e calças de ganga. Isto no centro histórico, onde para ser sincera nada nos pareceu digno de registo. Por todo o lado imperam hotéis, pensões, toda uma restauração que vive à sombra das termas e possivelmente do passado.
Tudo isto ao longo do rio, na conhecida Lichtentaler Allee, uma alameda e jardim gigante à moda inglesa, à beira do rio Oos, onde também Bismark ou a rainha Vitória se passearam. Ao longo da alameda muitos palácios e hotéis, imaginam-se muitas ladies inglesas nas suas vaporosas rendas e leques de seda, não se imagina é os 40º de calor alentejano que por ali se faziam sentir. Porém, nada de ladies inglesas, apenas quatro alentejanos deslocados do Alentejo natal , longe de tisnados pelo sol mas decididamente abrasados. Fora esses, dezenas e dezenas de árabes, as senhoras e algumas meninas cobertas de saias e burkas apesar dos calores, eles vestidos à europeia, tshirt e calças de ganga. Isto no centro histórico, onde para ser sincera nada nos pareceu digno de registo. Por todo o lado imperam hotéis, pensões, toda uma restauração que vive à sombra das termas e possivelmente do passado.
Durante a noite passou a
trovoada, mas o calor continuou.
*A quase ausência de fotos, especialmente em
Baden-Baden, deve-se ao facto de nos termos esquecido, naquele dia, da máquina
fotográfica!!! Foi mesmo um dia para esquecer!
1 comentário:
As "trovoadas" familiares são comuns nas férias, está tudo muito próximo!... :)
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