Com muita pena nossa, viajantes de casa às costas, lá fomos de
avião furando o protocolo deste blogue e desta maneira de estar e de viajar.
Deixemo-nos de lamentações, voemos pois então, que temos poucos dias.
Chegada a Schipol Airport às 13.30. Depois de longos
percursos em tapetes rolantes, apanhar o comboio para Central Amsterdam (pagar
na máquina com cartão de crédito , 4,50 €). Logo à chegada, antipática receção
de um polícia holandês, ao qual tentámos perguntar onde era a plataforma para o
“bus” 21, literalmente assim: Eu, Sorry…Ele, Don´t you see I´m talking? – e virou-nos
as costas para continuar à conversa com outro polícia e um holandês. (Lembrar
que temos sete dias para desfazer a sensação de que este povo é mesmo antipático!,
apostei comigo própria).
Ida ao posto de turismo (frente à estação Central) na
tentativa de achar vozes mais solidárias e fraternas, afinal o 21 é do outro
lado da estação, depois de a percorrer por dentro e subir mais escadas
rolantes, ali está ele, mais 3,20 € num bilhete que dá para viajar durante uma hora
ou então um diário de 8 €!!! Menos de 20 minutos e lá estamos no quartito “airbnb”
alugado, onde a nossa anfitriã, Cristina, nos esperava. Deixar as malas e zarpar.
Deambular ao acaso,
qual Cesário Verde, seria o mais simples para quem tinha só até à noite. E foi
quase o que fizemos, mas sem a “soturnidade” do Poeta e da cidade, porque o sol
brilhava e tudo parecia e apetecia deliciosamente fresco. Novo “bus” 21 até ao
bairro Joordan, centro de lojas, restaurantes, bares, passando sempre por anéis
de canais, casas de tijolos e amplas janelas e sempre, sempre, bicicletas e flores.
Amesterdão é um círculo com círculos de canais, interligados por
pontes, mais de 400… deixámo-nos ir, não navegando que as águas são sujas
(afinal o Cesário ia gostar), e a pé chegámos sem esperar a uma igreja onde um
guia explicava que Anne Frank ouvia os seus sinos todos os dias… pudera ,
estávamos frente a frente com a casa da menina mais mediática da cidade e da
História Universal. Sentámo-nos a comer sandes com sabor a Portugal, frente à
porta da menina que não podia sair à rua, apreciámos também o sabor da
liberdade.
Chegados à Dam, a praça mais central da cidade, fizemos como
os turistas, descansámos e fizemos como os holandês, encontrámo-nos com mais um
“português (alentejano) pelo mundo” que vai fazendo pela vida, porque Portugal pouco
lhe sorriu.
O Palácio Real e o Museu de Cera iam olhando para nós (ou nós para
eles)…
Ainda procurámos a pacífica e escondida Begijnhof , mas já
estava fechada.
Continuámos deambulando… mercado das Flores e zona envolvente,
zona de restaurantes e Red Light District, zona envolvente da estação Central (Oba
e canal)
…………………………………………………………………………………………....................................................................…
Reticências feitas para descanso de pés e corpo num colchão
pouco convidativo, honras feitas à sala no pequeno-almoço e ao supermercado a
um minuto da casa.
Prestes a partir para o parque Keukenhof ( isto já no dia
seguinte, se estavam com atenção à referência do pequeno-almoço…), o relato
fica para mais tarde.
Depois do parque, vindos do metro na Europaplein, um salto
rápido ao bairro dos museus , só para ver a vibração e sentir umas pingas de chuva.
Dali partiríamos de autocarro para o norte da Holanda…
Não houve tempo para o Vondelpark nem para o concerto do
Janeca, mais um português pelo mundo…
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