Data do século XV, associado a um castelo e a uma condessa,
mas só em 1949 é que, cultivadores de flores e exportadores tiveram a ideia de
transformar a área em parque de Primavera. Abriu ao público em 1950 e foi
imediatamente um sucesso.
Em 2019 é a sua 70ª edição, aberto de 21 março a 19 maio (ainda vão a tempo) e honrando o tema
“Flower power”, o que vinha mesmo a propósito para nos receber.
As fotos foram às dezenas tentando honrar os seus 7 milhões
de bolbos, entre maioritariamente tulipas.
Para além dos jardins meticulosamente
enfeitados, há ainda outras estufas repletas de mais bolbos, mais plantas e
mais flores…
O parque abre apenas neste reduzido calendário primaveril e por
isso a afluência é elevada. A evitar é seguramente o fim de semana da Páscoa,
quando os alemães vizinhos invadem literalmente a Holanda e tornam o parque num
caos de carros estacionados e, imagino, formam filas e enchentes de máquinas fotográficas e afins em riste. Felizmente
não vimos, mas a descrição aproxima-se dos relatos lidos e imaginados.
A partir de Amesterdão há várias formas de chegar ao tão aclamado
parque, situado nos arredores de Lisse. Nós optámos pelo modo mais fácil:
reserva de bilhete “combi” ( bus ida
e volta de e para Amesterdão + bilhete para o parque = a 30 € por pessoa), no site oficial do
Parque. Outra possibilidade é fazer a compra (caso se esteja em Amesterdão) ,
no próprio dia, num posto de turismo da cidade.
De qualquer ponto de Amesterdão, a fase seguinte é apanhar o bus para Keukenhof, que espera por nós
junto à estação de metro Europalein (bus nº 852 ).
O bilhete é válido para qualquer dia
dentro do prazo de abertura do parque e no dia escolhido há vários horários
possíveis no bus que nos transporta até
Keukenhof. São cerca de 30 minutos contemplando campos de flores, autênticos
tapetes multicolores e às riscas. (Há quem prefira visitar os campos nos
arredores de Lisse, ou fazer o percurso de comboio entre Amesterdão e Leiden ,
via Harlem, saíndo para andar a pé ou de bicicleta, por entre os campos. Também
há quem diga que o cheiro perfumado chega a ser enjoativo e que nem todos os
campos estão abertos a turistas, dado tratarem-se de propriedades privadas).
Com tantos “ses”, a escolha recaiu na opção mais comercial e
arrumadinha e, perante o Éden contemplado, não houve queixas a registar. As
cores são múltiplas, assim como a variedade de tulipas, com nomes cada vez mais
excêntricos, já lá vai o tempo em a tulipa negra era o cúmulo da excentricidade
(afinal é um mito, a sua cor é púrpura filha da mistura entre vermelho e amarelo),
agora há nomes como Madonna, Cristiano
Ronaldo.
As ruas são a perder de vista com canteiros aparados , divididos por tonalidades,
as águas de lagos e laguinhos borbulham como pano de fundo, o moinho é visitável
e, em redor, atraem as vistas os campos de tiras de tapetes coloridos, por onde
também se pode rolar alugando uma bicicleta.
Para quem viaje de “casa às costas”, os parques de estacionamento
são amplos e por lá estavam muitas , creio que por 5 ou 6 € estavam muito bem. Ficou-nos
a inveja pois é claro, quanto melhor não
seria assistir a tudo aquilo sem preocupações de horários e malas rolantes
atrás. Ainda assim havia cacifos grátis para quem vem direto do aeroporto ou
como nós que sem casinha tínhamos desta vez mala às costas e depois de
Amesterdão havia um outro destino, rumo ao norte do país das flores.
Alternativas: comboio ou FlixBus. Esta última, definitivamente:
barato, confortável e rápido. Aconselho!
Sem comentários:
Enviar um comentário