Passei só para dizer que no fim
de semana de 19 e 20 do mês de setembro, o parque de
estacionamento para caravanas de Monsaraz estava com lotação completa. Mais ou menos assim …
e assim…
( digo "mais ou menos assim" porque estas fotografias foram tiradas de manhã, à noite havia muitas mais AC).
Quando digo “parque de caravanas”
faço-o porque a sinalética apresenta um sinal de Parque com o respetivo “Pê” a
azul e por cima a imagem de uma caravana azul. Outros há a vermelho sobretudo
com autocaravanas. Menos mal, neste caso. Curiosamente não havia uma única
caravana , apenas autocaravanas. Não estou a insinuar nada, interpretem como
quiserem e deixem-se de comentários.
Curiosamente também, já à hora de
dormir, os estacionados, entre portugueses ( apenas um em cada uma das noites)
, franceses, alemães, holandeses e ingleses (se calhar mais um espanhol e outro
italiano) ocupavam o dito parque , de tal modo que já havia outros no parque mais
abaixo ao lado da estátua erguida ao nosso Cante alentejano, um espaço
normalmente destinado para autocarros e largada de passageiros.
(O parque no "piso inferior")
No outro dia de manhã, tomaram o
pequeno-almoço contemplando as águas do grande lago e houve até quem lavasse a
louça num alguidar em cima do muro, com os olhos postos outra vez no lago,
desta vez em formato real. No fim, despejou-se o resto da parca água do
alguidar na sequiosa árvore ali do lado.
Estas palavras são uma mera
descrição de factos observáveis, não há aqui ponta de ironia ou juízo de valor.
O silêncio não foi incomodado, o património material não sofreu ( e o imaterial
também não) , a árvore sujeita a quase seca extrema pôde enfim beber água… No
entanto, agora sim vem a farpa aguçada, o que me irritou mesmo foi que a
lotação estava esgotada, não tanto pelo número bem razoável de casas às costas,
mas sobretudo porque não havia um único que tivesse estacionado ocupando apenas
um lugar. Todos acharam a sua zona de conforto, estacionaram na sua privacidade
de encontro ao muro, cada um que veio depois imitou os restantes, e ninguém se
lembrou que noutra posição dariam espaço aos restantes que tiveram de ficar lá
em baixo.
Não esperariam talvez que no Alentejo
a afluência fosse tanta
( aqui já é ironia). Pois! Quando cheguei tardiamente, em ambas as noites, enfiei -me entre duas AC que prevaricavam e esperei que no outro dia de manhã me pedissem para sair.
( aqui já é ironia). Pois! Quando cheguei tardiamente, em ambas as noites, enfiei -me entre duas AC que prevaricavam e esperei que no outro dia de manhã me pedissem para sair.
(Adivinhem qual é a minha!)
Vá lá, não foi preciso,
conseguiram-no. Mas não gostei, levei a mal, eles vinham de longe , é certo,
queriam a sua privacidade, mas eu vinha de perto e apetecia-me dormir para
acordar a ver o mesmo que eles.
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