2 de agosto
Depois da tempestade (leve, estou
a exagerar) , a bonança… e com ela a canícula como anunciavam os
metereologistas.
Tínhamos previsto mudarmo-nos
para a Alemanha, ali mesmo à mão de semear, mas depois de tantas vilas visitadas
no dia anterior, decidimos que o melhor era ter calma . O Agosto havia
principado e tínhamos muito tempo pela frente. Kaiserberg continuava a ser o nosso ponto de abrigo e de pernoita ,
depois das visitas a Riquewhir, Ribeuvillé e Bergheim.
Enquanto os adolescentes
preguiçavam, não resistimos , pelo fresco matinal, ir até à aldeia mais próxima
… a pé, na companhia da nossa amiga de quatro patas. Pela estrada principal não
era o percurso mais saudável com as emissões de CO2, mas o atalho ao longo das
vinhas anunciava dificuldades , o seu lado paradisíaco de vinhedos com altos e
baixos destinava-se a biciclistas e não era esse o nosso caso.
A aldeia onde nos dirigimos,
Kientzheim, anuncia logo à chegada , na entrada mais perto de Kaiserberg, um
monumento do passado: um tanque de Guerra, da 5ª Divisão Blindada, o “herói”
que conseguiu libertar a vila do jugo nazi em 1945.
A pequena vila, à semelhança de
outras já visitadas, é cortada por uma grande rua, ao longo do pavimento corre
um curso de água por onde a nossa cadelita se deliciou pois a canícula começou
a estalar. No final da rua praticamente deserta (nem turistas nem nativos, onde
se meteu tudo?) um cenário assombroso: o castelo de Schwendi colado à porta du
Lalli, outra entrada da vila.
A visita foi breve, à tarde dormitámos
debaixo das árvores e do calor no poiso em Kaiserberg e, ao final da tarde, depois
da despedida de Kaiserberg
(despedida com música)
com um gelado de cone caseiro proibido a fotografias
(??!!!) ,
decidimos aproveitar a hospitalidade grátis do parque de
estacionamento de Kientzheim para pernoitar. Mais três ou quatro AC já lá
estavam desde o dia anterior.
A visita noturna ao longo das
fortificação e pelo seu extraordinário fosso, debaixo de um silêncio puro e
pacífico , foi refrescante .
Foi a nossa última noite em
domínio alsaciano, pelo menos no coração dos vinhedos protegidos por Deus
e pequenas vilas de
“colombage”, no dia seguinte abriríamos caminho até à Floresta Negra, já na
Alemanha , mas mesmo ali ao lado.
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