Dia 6
31 de julho
Depois de um fausto pequeno-almoço caseiro de ovos mexidos e bacon,
partida para Colmar.
O nome é francês, noutros tempos,
quando pertencia à Alemanha, era Kolmar. É a terceira maior cidade da Alsácia, com
70 000 habitantes.
Os franceses organizam, desde
1959, o concurso “des villes et villages fleuries”, destinado à promoção,
embelezamento e preservação dos espaços verdes e património. Colmar foi
classificada com quatro flores, o prémio máximo do concurso.
De facto, é um prazer pisar as suas
ruas, ruelas e quarteirões. As flores abundam nos parapeitos das janelas,
pontes, gradeamentos; as fachadas brilham, as madeiras estão cuidadas e
reluzentes como se a Idade Média fosse hoje, as águas cantam nas fontes; as
cegonhas elegem os seus telhados na época estival; as cores dos prédios
transmitem vida e alegria.
Não sei porquê não estivemos
muito tempo em Colmar, porém, a cidade merece definitivamente mais do que um
dia de visita.
Vale a pena pisar e repisar,
mirar e “remirar” lugares como estes:
A casa Pfiter
O quarteirão dos Tanneurs ( nos
séc. XVII e XVIII era aqui que os curtidores de peles viviam e trabalhavam, nas
altas janelas dos pisos superiores era onde secavam as peles).
Quartier de la Poissonnerie (ao lado do rio Lauch , entre o
quarteirão des Tanneurs e a Petite Venice, eram as ruas onde viviam os pescadores
e onde vendiam o seu peixe. Um incêndio em 1709 destruiu muitas das colombages, só no séc. XX foram
restauradas).
La Petite Venice - pequeno
quarteirão a sudoeste da cidade, onde as casas se erguem ao longo do pequeno
rio Lauch , lembrando Veneza. Tal como na tradição veneziana, o pequeno canal é
percorrido por barcos.
Outras atrações a não perder:
Casa das cabeças
Biblioteca Pública e o seu
refrescante jardim (onde almoçámos “à turista de pé descalço”).
Para visitar a cidade estacionámos
numa larga rua ( N 40º 09´57,2´´ E 7º 21´28,1´´ ) com lugares
específicos para autocaravanas, na qual, curiosamente, encontrámos uma AC
portuguesa.
( Nota curiosa: raramente se encontram portugueses, até Colmar foram
os primeiros, mas quando se encontram não parecem muito recetivos ao convívio,
o mesmo não me parece que aconteça entre italianos, por exemplo, ou entre
franceses quando se encontram a visitar Portugal… )
Pernoitámos numa vila igualmente
alsaciana, verde e fotogénica, a poucos quilómetros de Colmar, Kaiserberg, a
qual fica aqui já prometida para o próximo relato.
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