Dia / noite 4
29 de julho
Depois da visita matinal à vila
que parou no tempo , depois de remoermos em estrada e em quilómetros a visão
fantasmagórica de um passado tornado presente, depois de , depois de…
Tínhamos de parar e descansar, o
dedo caiu no mapa e o Michelin indicou no seu sublinhado verde a cidade de
Chalon sur Saône.
Quase nem é preciso procurar se há áreas de serviço para autocaravanas, em
França há sempre áreas de serviço, seja em aldeia, vila ou cidade. Não foi preciso
o GPS, logo à entrada da cidade desconhecida as setas indicavam a autocaravana
azul a despejar águas.
Sítio sossegado (N 46º 73´3´´
E 4º 51´47´´) , com serviços, grátis, ao lado de jardim amplo e das muralhas,
o centro ficava perto e ao entardecer fomos à sua descoberta. Mais uma vila quase
deserta
(só em Portugal é que nos deitamos tarde?), apenas algum movimento na
praça central , a Place du Marché, com
um certo ar de Alsácia nas suas casas de madeira, apesar de ainda faltarem
muitos quilómetros, e com a sua elegante Catedral de Saint Vincent.
Ao que apurámos, a vila alberga um
festival de artistas de rua bastante animado… havia terminado três dias antes. Chalon
é também o berço do inventor da fotografia, Nicéphore Niepce, fomos de tal
informados nas várias alusões toponómicas ao longo das ruas calcorreadas do
centro antigo.
A bordejar as ruas centrais espreitava o rio
Saone, claro. De noite, escuro, de dia as “promenades en bateau” teriam
certamente um aspeto mais convidativo.
Ficámo-nos pela noite de lua
misteriosa.
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